Estamos em guerra: a geração de jovens negros perd…

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O Dia Nacional da Juventude foi instituído em 2002 para ser comemorado anualmente todo dia 12 de agosto. Este ano, o país realizou diversos eventos para comemorar a data. Mas há realmente algo para comemorar sobre o futuro dos jovens brasileiros? Que futuro estamos construindo para nossos jovens?

Menos de 24 horas depois da data em que foi efusivamente comemorada no Brasil – e que deverá marcar o reconhecimento da importância dos jovens na sociedade brasileira – dados divulgados pela Unicef ​​e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública demonstraram mais uma vez que estamos perdendo uma geração para a violência.

Nos últimos três anos, ocorreram 15.101 mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos. 91,6% destas mortes foram vítimas de jovens entre os 15 e os 19 anos, dos quais 90% eram do sexo masculino. 82,9% deles são negros.

Segundo a pesquisa, o risco de um jovem negro ser assassinado é 4,4 vezes maior do que o de um jovem branco. E 18,4% dessas mortes são causadas pela violência policial, ou seja, pelo braço armado do Estado.

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Em três anos, ocorreram pelo menos 9.328 assassinatos de crianças e adolescentes negros no país. “O perfil majoritário das vítimas fatais no Brasil, portanto, continua sendo de adolescentes, do sexo masculino e negros. Embora isso não seja novidade, é assustador que, em 2023, para cada 100 mil habitantes no país entre 0 e 19 anos, homens e negros, 18,2 sejam assassinados enquanto a taxa de mortalidade para o mesmo grupo entre brancos é de 4,1 por 100 mil”, afirma o estudo da Unicef ​​e do Fórum.

O texto continua com muita clareza ao tratar do racismo estrutural no Brasil: “Os dados indicam que o marcador racial é um fator determinante na dinâmica das mortes violentas de adolescentes no Brasil, com impacto ainda maior que o de gênero”. Ou seja, é o futuro da juventude negra que está sendo apagado num país que naturaliza o assassinato de pessoas, dependendo da cor da pele.

O Atlas da Violência 2024, publicado em julho deste ano, já havia revelado que, nos últimos 11 anos, uma pessoa negra foi assassinada a cada 12 minutos no Brasil. Entre 2012 e 2022 tivemos 15.220.914 anos de potencial de vida perdidos, o que prova mais uma vez que estamos exterminando uma geração inteira.

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Se as vidas negras importam além do clamor dos movimentos negros, o Estado brasileiro precisa se comprometer efetivamente com a mudança desta triste realidade.

Como o imortal nos lembra Ailton Krenakestamos em guerra – só não está declarada – mas tem um alvo específico: negros e indígenas. “Estamos em guerra. Seu mundo e meu mundo estão em guerra. Nossos mundos estão todos em guerra. A falsificação ideológica que sugere que temos paz é para continuarmos a manter as coisas a funcionar.”

Um funcionamento disfuncional e violento.



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