25/06/2024 – 14:24
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Glauber Braga foi um dos deputados que propôs o debate
Especialistas defenderam nesta terça-feira (25), durante debate na Câmara dos Deputados, o reforço da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Pediram também a fiscalização das comunidades terapêuticas que atualmente recebem recursos públicos.
O coordenador-geral de Desinstitucionalização e Direitos Humanos do Ministério da Saúde, João Mendes de Lima Júnior, disse que medidas já adotadas pelo governo desde o ano passado aumentaram os investimentos com Raps de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,14 bilhões.
“Para 2024, projetamos algo próximo, mais ou menos R$ 400 milhões, porque a recuperação não pode ser feita de uma só vez, com Orçamento para um só ano”, afirmou o representante do Ministério da Saúde no encontro.
A audiência pública em Comissão de Legislação Participativa foi realizada a pedido do presidente do colegiado, Glauber Braga (Psol-RJ), e das deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP) para avaliar o desempenho do Raps.
A Raps faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece atendimento a pessoas em sofrimento psíquico, inclusive aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, explicaram os três parlamentares ao sugerir o debate.
Comunidades terapêuticas
O professor da Universidade de Brasília (UnB) Pedro da Costa e outros participantes do encontro criticaram iniciativas que prevêem o repasse de recursos federais para comunidades terapêuticas que atendem dependentes químicos.
Lamentou o recente credenciamento, pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), de 587 entidades para acolher, preferencialmente, nutrizes (que amamentam) e mulheres.
“Este é um dos vários retrocessos que o MDS tem patrocinado. O Estado não só continua a financiar estes novos velhos asilos, como vai contra a reforma psiquiátrica, que apela ao seu fim e ao fim das comunidades terapêuticas”, disse Costa.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Pedro da Costa criticou transferências de recursos públicos para comunidades terapêuticas
Glauber Braga informou que agendará outro debate na Comissão de Legislação Participativa para tratar do tema. “Essas perguntas, firmes e respeitosas, devem ser feitas ao MDS, para que ele possa comentar acordos e ações”, afirmou.
Também participaram da audiência pública desta terça-feira a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Distrito Federal, Karina Figueiredo; a presidente da Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental (Asussam) de Minas Gerais, Laura Camey; a coordenadora da Comissão de Psicologia e Saúde do Conselho Regional de Psicologia do Ceará, Núbia Caetano; a representante da Rede Nacional de Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) Renata Santos; professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rachel Passos; e o representante da ONG Redes da Maré Messias da Silva.
Relatório – Ralph Machado
Montagem – Marcelo Oliveira
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