04/07/2024 – 14h45
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Comissão de Minas e Energia debateu o assunto nesta quinta-feira
Representantes de entidades do setor elétrico pediram nesta quinta-feira (4) a diversificação de tecnologias que poderão participar do Leilão de Reserva de Capacidade em Forma de Energia (LRCAP), que acontecerá no segundo semestre.
Pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), eólicas e solares associadas a sistemas de armazenamento de energia em grandes baterias, entre outras, querem concorrer ao leilão. O assunto foi discutido em audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Hugo Leal (PSD-RJ).
O LRCAP visa contratar energia adicional (ou seja, usinas) para garantir o fornecimento de energia nos horários de pico de consumo do país. As plantas estão disponíveis e só são ativadas nesses horários.
Em março, o governo abriu a minuta da portaria com as diretrizes do leilão para consulta pública. A minuta prevê a contratação de energia apenas de usinas térmicas ou hidrelétricas, novas ou existentes. O texto estabelece que o fornecimento de energia comece em 2027.
Para o presidente da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae), Markus Josef Vlasits, o ideal para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – responsável por dar ordem de funcionamento às usinas – é ter um portfólio diversificado de tecnologias disponíveis. “Não me parece razoável que uma determinada fonte, seja ela qual for, queira monopolizar este leilão de reserva de capacidade”, disse Vlasits.
A mesma avaliação foi feita por outros convidados. “Quanto mais tecnologia tivermos, mais opções teremos, mais concorrência e, consequentemente, menor preço que o consumidor pagará por essa tecnologia”, disse o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia.
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Hugo Leal: “Para o consumidor o que importa é ter energia quando precisa e a preços razoáveis”
Seguranca energetica
Para representantes do governo no debate, o foco do leilão é garantir a segurança do sistema elétrico, sem interrupção para os consumidores, o que levou à opção, neste momento, por fontes térmicas e hídricas. “Esta é uma questão premente e uma preocupação fundamental de toda e qualquer decisão tomada pelo ministro [de Minas e Energia, Alexandre Silveira]”, disse o secretário nacional de transição energética e planejamento do ministério, Thiago Barral.
Ele não descartou a utilização de uma cesta de tecnologias e soluções, mas disse que, no momento, a preocupação é associar segurança e confiabilidade no fornecimento de energia à flexibilidade operacional (capacidade de acionamento rápido da usina, se necessário). Barral não informou quando será divulgada a portaria LRCAP.
A assessora executiva da Diretoria de Planejamento do ONS, Sumara Duarte, defendeu o critério de flexibilidade da tecnologia a ser escolhida. “Não posso contratar uma usina para operar por dois dias se só preciso dela quatro horas, três horas por dia”, disse ela. Duarte disse que o ONS não tem objeções à participação de empresas que operam sistemas de armazenamento de baterias no LRCAP, mas disse que ainda não existe um marco regulatório para esse arranjo.
O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que propôs o debate, disse que o assunto é complexo mas, no final das contas, para o consumidor, o que importa é ter energia quando precisa e a preços razoáveis. “Nosso papel é exatamente trazer alternativas, explicar isso para a população”, disse Leal. “O desejo é que consigamos perceber onde estamos, onde queremos chegar e como vamos chegar”, concluiu.
Relatório – Janary Júnior
Edição – Geórgia Moraes
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