Em debate sobre PEC, deputados divergem sobre anistia a partidos e elogiam cota para candidatos negros – Notícias

Em debate sobre PEC, deputados divergem sobre anistia a partidos e elogiam cota para candidatos negros – Notícias


11/07/2024 – 17:18
• Atualizado em 11/07/2024 – 20h36

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Deputados aprovaram a proposta em Plenário

Deputados discordaram sobre o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/09, durante votação no Plenário. Além de criar uma espécie de Refis (refinanciamento de dívidas) dos partidos políticos, o texto mais recente da PEC exige a aplicação, a partir de 2026, do valor que deixou de ser aplicado para efeito de cumprimento da cota racial em eleições anteriores.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a proposta busca regulamentar as cotas para disputas nas eleições de 2026 e subsequentes. “Esta Câmara está elaborando um texto para, em vez da anistia, entregar aos partidos o cumprimento dessas cotas”, explicou.

Para a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), porém, o objetivo da proposta sempre foi anistiar partidos políticos. “O partido político que deu R$ 5 para um candidato negro em 2022 será imediatamente considerado cumprido o requisito da decisão do TSE que exige a proporcionalidade dos candidatos negros acompanhada da proporcionalidade dos recursos”, afirmou.

Segundo ela, a proporcionalidade das mulheres no Parlamento só aumentou depois que os recursos do Fundo partidário também será proporcional por decisão de 2018. Melchionna criticou o fato de esta já ser a quarta anistia para partidos políticos.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que a versão atual do texto não concede mais anistia ampla, geral e irrestrita aos partidos políticos. Ele defendeu a aprovação da PEC. “Escrever na Constituição Federal que os candidatos negros devem receber pelo menos 30% do que será utilizado no financiamento eleitoral é uma conquista histórica para homens e mulheres negros que lutam pela democracia no Brasil”, afirmou.

Essa é a mesma opinião da deputada Dandara (PT-MG). Ela afirmou que a proposta agora garante que os partidos terão que pagar o que devem aos candidatos negros. “O financiamento das candidaturas negras, das mulheres e dos jovens negros, é um fator determinante. É fundamental para chegarmos lá”, afirmou, citando sua trajetória como vereadora mais votada da cidade de Uberlândia (MG).

Para o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que leu o relatório no Plenário, não há anistia para partidos porque o texto prevê que todos os recursos não utilizados pelos partidos para candidaturas pretas e pardas deverão ser utilizados nas quatro eleições após 2026. “Isso é uma notícia falsa criada, não há anistia.”

Risco
Segundo o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE), é um risco muito grande não ter garantias de quando serão aplicados os recursos das cotas não utilizadas. “Vamos deixar para os brancos, homens, o cumprimento ou não das cotas que reparam danos históricos no Brasil”, disse.

Auto-anistia
Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), a garantia de cotas para candidatos negros é uma cortina de fumaça para aprovar uma anistia geral aos partidos, incluindo um programa de recuperação fiscal. “Quando você tem dinheiro público, você pode fazer o que quiser, você faz a lei e não segue a lei, você usa recursos públicos para se autoanistia, acho que a Câmara precisa repensar o que está votando”, ela disse.

A proposta propõe a criação de uma espécie de Refis (refinanciamento de dívidas) para os partidos políticos, seus institutos ou fundações, a fim de regularizarem suas dívidas com isenção de juros acumulados e multas, aplicando apenas a correção monetária sobre os valores originais. O parcelamento poderá ocorrer a qualquer momento em até 180 meses, a critério da parte.

Segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a PEC é inconstitucional e “antiética do ponto de vista da grandeza dos próprios partidos políticos”. “Ela é uma espécie de harakiri político da própria Câmara dos Deputados que depende dos partidos, da sua integridade, da sua doutrina e da sua ideologia”, disse, em relação à técnica de suicídio praticada por membros da classe guerreira japonesa.

Segundo ele, “a autoanistia não é defensável, não é adequada” e desmoraliza os próprios partidos políticos.

Reportagem – Tiago Miranda
Montagem – Pierre Triboli



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