25/09/2024 – 14h09
Rovena Rosa/Agência Brasil
Eleições municipais serão realizadas no dia 6 de outubro
Os líderes do Governo e dos partidos da oposição admitem que as eleições autárquicas deste ano ainda reflectirão parte da polarização política observada nas eleições presidenciais de 2022.
Para o vice-líder da Federação PT-PCdoB-PV, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), embora alguns segmentos possivelmente mantenham a polarização, os temas locais devem predominar nos debates até a votação do dia 6 de outubro, quando quase 156 milhões de eleitores estão esperado nas urnas.
“As eleições municipais têm características diferentes, porque muitas vezes prevalecem alianças e divergências locais. Os partidos podem apoiar este ou aquele candidato a presidente, mas, no seu município, formam alianças que às vezes chegam a surpreender”, afirma Chinaglia.
Na avaliação do vice-líder do PL, deputado General Girão (RN), o Brasil continua dividido e essa divisão se reflete nos municípios. “Não inteiramente, mas reflete. Porque o povo brasileiro hoje tem acesso à internet e, através das redes sociais, observamos que cada vez mais candidatos tentam demonstrar sua posição. É um governo que nos envergonha.”
O líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), vê sinais de trégua na intensificação política. “Acho até que essa polarização, em alguns momentos, está esfriando. Acreditamos que, dado o caminho que o governo tem percorrido em defesa da democracia, esta será cada vez mais enfraquecida e diluída ao longo do tempo.”
Impactos para 2026
Os dirigentes também apontam possíveis consequências das eleições municipais nas eleições de 2026, quando serão eleitos o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
O deputado Isnaldo Bulhões explica que a eleição municipal é uma oportunidade para os partidos formarem a sua base. “O reflexo das eleições autárquicas nas eleições gerais é sempre direto, dada a nova composição que os partidos passam a ter e os resultados eleitorais nos municípios.”
O deputado general Girão explica que o PL, por exemplo, tem como foco o Nordeste. Ele diz que é muito bem tratado em seu estado natal, o Rio Grande do Norte, e que se pergunta onde estão os milhares de votos que o PT obteve na região, principalmente o presidente Lula. “Não sabemos. Agora apoiamos candidatos a vereador e prefeito, deixando as prefeituras bem estabelecidas. Apoio até alguns candidatos que nem são do meu partido, o PL.”
Dinâmicas diferentes
Arlindo Chinaglia avalia que a dinâmica de uma eleição presidencial, focada em temas nacionais, nem sempre aparece nas eleições municipais. Ele entende que é óbvio que um partido que vence em seis capitais ou em 1.500 prefeituras, por exemplo, é um partido forte.
“Mas vou falar do PT: o maior número de prefeituras que o PT teve ao longo da sua história foram 632 prefeituras, nas eleições de 2012. Ou seja, o PT nunca elegeu tantas prefeituras. Porém, não há outro partido que tenha disputado nove eleições presidenciais, vencendo cinco e ficando em segundo lugar nas outras quatro”, comparou.
O Tribunal Eleitoral registou um aumento de 5% no número de eleitores, o que fará das eleições autárquicas deste ano as maiores de sempre no país. A primeira rodada está marcada para 6 de outubro. A data de 27 de outubro foi reservada para um possível segundo turno nas cidades com mais de 200 mil eleitores.
Relatório – José Carlos Oliveira
Edição – Rachel Librelon
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