É necessário enfrentar a máfia dos transportes

É necessário enfrentar a máfia dos transportes



“Radical, para nós, é ir à raiz do problema, na sua essência”. Foi assim que a candidata da Unidade Popular (UP) a prefeita de Belo Horizonte, Indira Xavier, definiu sua orientação ideológica na segunda audiência no Estado de Minas com os concorrentes ao comando do Executivo da capital. Ela também falou sobre suas propostas para transporte público e Rodoanel, entre outros temas. Este ano é a segunda vez que Indira Xavier concorre a um cargo eletivo. Em 2022, ela tentou ser eleita governadora de Minas Gerais. A UP foi fundada em 2019 e não elegeu nenhum candidato na capital mineira até o último pleito. Abaixo estão os principais pontos da entrevista.

Por que você está concorrendo a prefeito de Belo Horizonte?
Estamos cansados ​​de viver numa cidade governada pelos ricos. É isso que nos motiva. Nós da Unidade Popular pelo Socialismo saímos às ruas nos últimos anos para poder construir este partido que nasceu do desejo do nosso povo de estar no poder.

Se eleito, qual será seu primeiro ato?
A primeira parte para se tornar popular começou com a construção do nosso programa. Eles foram construídos a partir de reuniões nas comunidades onde vivemos, atuando e ouvindo demandas para podermos realizar essa construção programática. São os conselhos populares nos bairros, nos territórios, as conferências populares que serão efectivamente deliberativos e não consultivos como foram no último período.

Quais são os problemas e problemas que você vê no sistema de transporte público?
O que estamos vivenciando hoje é humilhação. Este ano completaram-se 10 anos desde a implementação do Move, mas a realidade é que todos os dias ele avaria, há uma falha eléctrica, pega fogo e as pessoas ficam presas. Cansamos de correr atrás do ônibus que não passa, ou seja, transporte de má qualidade. Precisamos ter uma cidade que tenha transporte de qualidade. Para isso, é preciso enfrentar a máfia dos transportes. A prefeitura deu mais de R$ 500 milhões em subsídios do nosso recurso para beneficiar empresários em detrimento da manutenção da passagem, que já é uma das mais caras do país, com transporte de péssima qualidade. O que vimos foi o metrô, que já era insuficiente, sendo privatizado e hoje sua tarifa é mais cara que a do transporte (ônibus). Temos uma malha ferroviária, por exemplo, na região metropolitana que se fosse acionada, como existia na década de 70, o trem suburbano já teria condições de atender 22 das 34 cidades da região metropolitana. O que se investe para dar aos empresários, que compraram a preço de banana, foi possível expandir publicamente e não através do despedimento de trabalhadores, que é o que aconteceu agora que já passou um ano desde a privatização.

Gostaria de saber o que vocês acham da construção do Rodoanel. Parece que você tem feito algumas críticas ao projeto?
A construção do Rodoanel não vai resolver o problema de mobilidade de Belo Horizonte e da região metropolitana, ele está sendo criado para transportar o minério da nossa cidade até os portos para que possa ser transportado. Isso destruirá principalmente bairros inteiros. As populações, as comunidades que existem há 40 anos num território vão perder tudo e não estamos falando apenas de medir o valor da terra, dos tijolos, do cimento, mas de toda a relação social que foi construída e que vai se perder. Você resolve o problema de mobilidade retirando a duplicação do Rodoanel, o que pode ser feito até no primeiro andar, como acontece em outras cidades.

E a saúde municipal?
O que temos visto é falta de cuidado. Redução muito grande de efetivos, com falta de médicos e profissionais de saúde nos postos. Temos visto falta de assistência na atenção básica, não há equipe de saúde da família suficiente em nosso município para atender a população. Temos defendido a atenção primária à saúde, o aumento das unidades básicas de saúde da família, a realização de concursos para abastecimento das áreas e a defesa do SUS. Combater as parcerias público-privadas, porque elas só atendem aos empresários do setor. Não devemos privilegiar os ricos enquanto o nosso povo passa meses na fila. Cuidar da saúde é garantir qualidade no atendimento, ter mais profissionais que tenham medicamentos no posto. Significa ouvir as pessoas para saber o que elas precisam naquele território. Às vezes você está em uma região que não precisa tanto de ginecologista, mas precisa ter mais médicos. É saber ouvir, fazer censo das populações regionais para qualificar esse atendimento.

Quais são as propostas para a educação?
Não temos creches suficientes para atender às necessidades de nossas mães trabalhadoras. O que a Câmara Municipal fez foi reduzir as horas que as crianças passavam nas escolas, deixando o segundo turno para o setor privado. A realidade é que quase 30% das escolas que oferecem educação infantil em nossa cidade não possuem sequer boletim de funcionamento do Corpo de Bombeiros, colocando em risco a vida de nossas crianças. Vários relatos de crianças que não tiveram suas necessidades atendidas. De imediato, temos que garantir o piso, aumentar as concorrências e atender às necessidades, como preconiza todas as leis da educação básica e, por fim, pensar como a prefeitura trabalha com os empresários da educação privada, porque educação não é uma mercadoria.

É muito importante que o prefeito ou prefeita tenha um bom relacionamento com o governo do estado. Como você abordaria isso com o atual governador Romeu Zema (Novo)?
Vamos cobrar qual é a responsabilidade do governo atuar dentro da cidade de Belo Horizonte. Não faremos concessões, não faremos concessões. Tudo o que for de competência do governo e que ele não estiver executando na cidade, nós exigiremos. O que muitas vezes acontece é que essa negociação é feita em relação à troca e não vamos entrar em relação de troca com nenhum governo. Vamos criar um diálogo dentro do que precisa ser discutido, mas respeitando a nossa condição. Estamos cansados ​​da política do possível, queremos uma política do impossível, e a política do impossível cabe a nós governar. Mas dizem que é impossível, mas existe a esquerda radical em França. Radical, para nós, é o que está na raiz do problema, em essência. Isso é ser radical, não é o tom da sua voz, não é a cor da sua camisa, é olhar para o problema. (Thiago Bonna)



emprestimo do inss

empréstimo para consignados

simular um empréstimo consignado

simular empréstimo picpay

simular emprestimo picpay

como fazer emprestimo no picpay

emprestimo consignado no inss

blue emprestimo

simulação empréstimo picpay

emprestimo consignado simulação

inss empréstimos

レコメンド. Suche dirk bachhausen.