Israel Medeiros – Correio Braziliense
O embate entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ganhou ontem um novo capítulo. O chefe da equipe econômica sugeriu que as dificuldades do estado em pagar suas dívidas, não só com a União, mas também com entidades privadas, é consequência direta dos “defaults” que o governo do estado deu aos seus devedores durante a gestão Zema.
O contexto da hostilidade é a sanção, na segunda-feira, da lei que flexibiliza o pagamento das dívidas dos Estados à União e cria o Programa de Pagamento Integral das Dívidas do Estado (Propag).
“Em seu primeiro mandato (2019-2022), a dívida do estado de Minas Gerais aumentou 33%, e depois de dois anos já atingiu um aumento de 55% para seu governo como um todo, passando de R$ 119 bilhões em 2018 para R$ 185 bilhões em 2024″, disse Haddad. “A dívida cresceu não só pelos juros, mas pela inadimplência. Durante seu governo, o estado deixou de pagar mais de R$ 30 bilhões devidos ao governo federal, além de outros R$ 12 bilhões com instituições financeiras, além de inadimplência em outros credores privados, tornando o Estado um dos mais endividados do país e com um crescimento brutal da dívida”, escreveu no seu perfil no X (antigo Twitter).
Haddad disse ainda que, mesmo com 5 anos de governo Zema, ao final de 2023, Minas Gerais ainda não pagava em dia os credores privados. Segundo o ministro, isso mostrou que o Estado não tem dinheiro para pagar as suas despesas e “estava em incumprimento não só com a União, mas também com outros credores privados do Estado”.
“Os desafios fiscais são muitos para todos, sem dúvida, mas somos do campo que acredita que inadimplência não deve ser confundida com ajuste fiscal. Há até quem pense diferente, como vimos no passado recente, mas temos acredite na importância do Estado brasileiro dar o exemplo e pagar suas obrigações em dia”, afirmou.
Ele continuou: “Chama a atenção que na mesma postagem há o argumento de que o estado de Minas Gerais fez o dever de casa e está equilibrado na companhia da revolta por ter que pagar as obrigações devidas e atualmente não pagas”, disse. , referindo-se a outra publicação do governador, feita nesta quinta-feira. Na ocasião, Zema disse que “ao contrário do que acontece no Palácio do Planalto, Minas fez o dever de casa” e está com as contas equilibradas.
A discussão pública já dura há dias. Na terça, Zema criticou os vetos e afirmou que o governo quer que os estados paguem a conta dos seus “gastos”. Afirmou ainda que o Planalto deveria “cortar a própria carne”, reduzindo os custos da máquina pública, em vez de cobrar dos estados devedores. Ele afirmou ainda que Minas não aderiria ao programa caso os vetos fossem mantidos pelo Congresso.
O estado é uma das quatro unidades da Federação com maior volume de dívidas. Minas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás respondem por 90% dos R$ 765 bilhões em dívidas dos entes com a União. Governadores dos outros três estados também se manifestaram contra os vetos.
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