O governo de Romeu Zema (Novo) entra em contagem regressiva em julho para que o problema da dívida de Minas Gerais com a União seja resolvido, de olho no prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o estado aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), conforme liminar concedida pelo ministro Kassio Nunes Marques. No dia 17 termina a carência concedida pelo magistrado e o Palácio Tiradentes deve começar a pagar as parcelas integrais da dívida, atualmente avaliada em cerca de R$ 170 bilhões.
A iminência de um Projeto de Lei Complementar alternativo ao RRF ser apresentado no Senado pode levar Minas Gerais a tentar uma nova medida que prorrogue os efeitos suspensivos do pagamento da dívida. A expectativa é que esta semana o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresente a proposta chamada Pagamento Integral das Dívidas do Estado à União (Propag), após meses de negociação com o Ministério da Fazenda.
Porém, o Supremo entra em recesso nesta segunda-feira e só retomará as atividades em agosto. Novos pedidos de liminares serão analisados pela presidência da Corte, que será rotativa entre o vice-presidente, ministro Edson Fachin, e o presidente, ministro Luís Roberto Barroso.
O vice-governador Mateus Simões (Novo) disse na semana passada que acredita em uma nova prorrogação apenas em caso de “fato novo”, destacando que Minas está “muito apertada em termos de prazo”. “Se o projeto estiver em andamento, entendo que é possível recorrer ao STF para pedir novo prazo. Sem a tramitação do projeto, o STF não tem fatos novos para conceber qualquer novo tipo de prorrogação”, afirmou.
A fala de Simões reforça o entendimento já expresso por Nunes Marques, de que os novos pedidos de carência só poderiam ser atendidos com a aceleração das negociações. Segundo o juiz, o “Plano de Recuperação Fiscal precisa de ser seriamente pensado”, para que o Estado não chegue a uma situação financeira difícil de reverter.
Nova extensão da dívida
O juiz concordou com a própria União, que, ao falar sobre o prazo concedido em abril, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), disse que o Estado depende há mais de nove anos de decisões judiciais para não quitar a dívida. . Inicialmente, o governo federal queria a retomada do pagamento no final de maio e também havia destacado “falta de esforço” para aprovação do RRF.
“O prolongamento da situação da dívida, neste painel, deve ser acompanhado de atitudes concretas e de vontade de negociar de forma rápida e respeitosa entre as unidades políticas envolvidas. É preciso resolver o que a União chama, em seu artigo, de ‘estado de informação precária e documentação insuficiente por parte do ente federado, além da ausência de esforço colaborativo’, sob pena de interferência do Poder Judiciário, em vez de traduzindo estímulo à comunicação entre as partes, representam interdição e obstáculo”, escreveu Nunes Marques na liminar de abril.
A decisão monocrática não foi votada no plenário virtual do STF, uma vez que o julgamento foi suspenso após pedido destacado do ministro Flávio Dino e não voltou a ser discutido. Porém, o ministro Cristiano Zanin já havia votado dizendo que a falta de esforço para aprovação do RRF e o tempo sem qualquer amortização da dívida com o sindicato “viola o princípio da igualdade e tem efeito deletério na percepção dos demais entes da federação que têm procurado formas de resolver as suas dívidas, inclusive no âmbito do próprio RRF”. O juiz quer a retoma “imediata” das prestações relativas às dívidas do Estado no final do prazo.
Avanços nas negociações
Na semana passada, o secretário de Estado do Governo, Gustavo Valadares, e outros membros do alto escalão de Zema se reuniram com Pacheco e com o secretário do Tesouro Nacional (STN), Rogério Ceron. Segundo ele, há “muito otimismo” com os termos da proposta. “Discutimos com a Fazenda Nacional a possibilidade de assinatura conjunta de um abaixo-assinado, e isso tem que ser trabalhado com a AGU, pedindo prorrogação por mais 120 dias, para que nesse período possamos tramitar e aprovar esse projeto no Senado e na Câmara Federal”, disse.
Ainda segundo o vice-governador Simões, Pacheco se comprometeu a entregar o projeto aos governadores ainda esta semana e garantiu pontos importantes para o governo de Minas. “A primeira delas é a possibilidade de uma redução geral das taxas de juros, e também uma redução por investimentos em infraestrutura e uma redução por entrega de ativos do Estado. O segundo ponto é a redução da dívida através da federalização dos activos”, sublinhou.
Em linhas gerais, o projeto que renegociará a dívida dos Estados com a União deverá conter redução dos juros contratuais, que atualmente são calculados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) +4%, limitado à taxa básica de juros (Selic). ). A mudança foi o principal pedido dos governadores, já que atualmente a correção dos valores é superior a 8% ao ano – proporcionalmente maior que o crescimento anual das receitas do Estado.
Outro ponto fundamental é a possibilidade de federalizar ativos, como no caso de Minas Gerais, das Empresas de Desenvolvimento (Codemig), Saneamento (Copasa) e Energia (Cemig). Contudo, ainda existe a possibilidade de as empresas não reduzirem o valor principal das dívidas, mas reduzirem ainda mais os juros de correção.
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