Dívida de MG: Pacheco gera otimismo na ALMG e Zema aciona STF por prazo

Dívida de MG: Pacheco gera otimismo na ALMG e Zema aciona STF por prazo



O projeto apresentado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para os estados endividados foi recebido com elogios em Minas Gerais, que acumula cerca de R$ 160 bilhões em dívidas com a União.

O saldo vermelho é tema central de uma relação conturbada entre Romeu Zema (Novo) e deputados estaduais desde o primeiro mandato do governador, história que ganha um novo capítulo a partir desta semana.

Nesta terça-feira (7/9), após o anúncio do senador, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), concedeu entrevista com fortes elogios à alternativa vinda de Brasília, enquanto a mensagem oficial do Executivo se concentrava em na tentativa de ampliar os efeitos de uma liminar que suspende o pagamento de dívidas durante a discussão do plano.

O Programa de Pagamento Integral das Dívidas do Estado (Propag) tramitará no Congresso Nacional como Projeto de Lei Complementar (PLC) e formaliza ideias que vêm sendo anunciadas por Pacheco desde o final do ano passado.

A alternativa surgiu enquanto o governo mineiro tenta aprovar na Assembleia Legislativa (ALMG) a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e outros estados no vermelho como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tentam sair das regras de austeridade do modelo .

Depois de mais de um semestre entre reuniões com representantes do governo federal, com destaque para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e representantes do executivo e legislativo estaduais, Pacheco anunciou pela manhã o PLC no qual formaliza as regras de seu plano.

O plano reúne ideias já discutidas por Pacheco e Haddad e determina pontos centrais para o pagamento da dívida. A federalização de ativos estaduais como Cemig, Codemig e Copasa poderia ser utilizada para reduzir o estoque da dívida.

Se o valor das empresas atingir 10% do total da dívida, a taxa de juros atualmente indexada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% reduz o encargo adicional para 3%. Caso as estatais atinjam a marca de 20% do valor devido à União, os juros serão medidos pelo IPCA mais 2%.

Existem também outras duas alternativas que alteram a cobrança de juros. A alíquota agregada ao IPCA cai mais um ponto percentual se a economia da redução for aplicada em investimentos nas áreas de educação, infraestrutura, segurança e saneamento no estado.

Outro ponto percentual é reduzido se houver contribuição para um “fundo de equalização” das dívidas do Estado. Em coletiva de imprensa à tarde, Tadeu Leite fez um cálculo hipotético para dizer que o plano é compatível com o orçamento mineiro ao citar o parcelamento anual.

“Se tivermos uma redução de cerca de R$ 40 bilhões, o que equivale a cerca de 24% da nossa dívida, mais o perdão desses dois por cento, estamos falando de uma parcela de cerca de R$ 8 bilhões para o Estado de Minas Gerais. Desse valor, R$ 6 bilhões são para pagamentos vitalícios e R$ 2 bilhões vão para o fundo e serão reinvestidos em infraestrutura, segurança pública ou educação, conforme anunciado. É uma parcela que, de certa forma, já estava prevista dentro do Orçamento do Estado pela rubrica que foi encaminhada à Assembleia”, disse o deputado.

Mesmo otimista com a alternativa de Pacheco, o presidente da Assembleia disse que não está descartada a votação do RRF na Câmara. Ele associou a necessidade de avaliação do projeto que determina uma série de medidas de austeridade fiscal para os próximos nove anos em Minas à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prorrogar ou não os efeitos da decisão que suspende o pagamento da dívida parceladas pelo Governo Mineiro.

Leia mais: Projeto de dívida prevê exclusão de estado inadimplente com a União

Extensão no Supremo Tribunal Federal

À noite, Zema publicou um vídeo em que limitava sua avaliação do anúncio de Pacheco a dizer que se tratava de um ‘bom projeto’. O governador focou sua manifestação no pedido enviado pelo estado ao STF para prorrogar a vigência da liminar que suspende o pagamento dos parcelamentos da dívida.

“Na semana passada, o vice-governador Professor Mateus esteve na Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, fazendo um pedido para que tanto o Estado de Minas quanto a AGU peticionem ao Supremo Tribunal Federal a prorrogação da liminar que faz com que Minas continua pagando sua dívida de acordo com as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Infelizmente, mesmo com a apresentação do projeto de lei do Senador Rodrigo. Pacheco, que é um bom projeto e vai contribuir, a AGU não comentou. Portanto, o estado não teve alternativa senão fazer esta petição sozinho. Fizemos isso esta tarde e esperamos que o Supremo entenda a gravidade da situação e estenda o prazo para que o Congresso Nacional tenha tempo de avaliar”, disse o governador.

Desde 2018, o pagamento da dívida mineira está suspenso por decisão do STF. Alegando estar trabalhando em alternativas para resolver a dívida, o estado conseguiu prorrogar o prazo em dezembro do ano passado e abril deste ano e agora busca uma nova prorrogação com o término do prazo em 20 de julho.

Ao Estado de Minas, Mateus Simões (Novo) afirmou que o projeto de Pacheco traz argumentos jurídicos robustos para que o Supremo aprove o novo adiamento. O vice-governador avaliou a proposta de Pacheco como um avanço para a criação de condições de pagamento das dívidas dos estados com a União e projeta melhorias no texto por meio de debates no Congresso Nacional.

“O que faz com muito mérito não é caminhar para uma solução da dívida, mas caminhar para uma parcela que seja viável para os estados, sobretudo através da redução de encargos. Mais de metade do valor da dívida do Estado hoje é composta por juros e serviço da dívida desde a sua consolidação e isso é inviável. A reestruturação prevista no projeto poderá permitir que a dívida tenha parcelas efetivamente compatíveis com as condições de pagamento dos estados. É claro que isso por si só não resolverá. Precisamos também avançar na redução do valor da dívida, seja com a federalização de ativos ou outros instrumentos, como o matchmaking de contas e outras compensações. Mas acreditamos que o texto terá espaço para melhorias durante o debate no Senado e na Câmara e trabalharemos para isso”, disse ao repórter.



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