Dívida com a União: Lula diz que Zema se beneficiou da gestão Pimentel

Durante a inauguração da ampliação do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), no Triângulo Mineiro, nesta quinta-feira (9/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou a dívida de Minas Gerais com da União, no valor de R$ 165 milhões. Ele defendeu o ex-governador Fernando Pimentel (PT) ao dizer que o atual governador, Romeu Zema (Novo), obteve vantagens com a suspensão do pagamento graças ao anterior chefe do Executivo estadual.

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“Pimentel havia vencido na Justiça a suspensão do pagamento da dívida e quem se beneficiou com isso foi o atual governador (Zema)”, afirmou Lula.

No final de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o governo a retomar o pagamento a partir de 1º de outubro. Em seis meses, Minas terá que apresentar um cronograma para cumprir as regras para ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Lula disse ainda que o acordo com a Vale devido ao desastre de Mariana deve acontecer no próximo mês.

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Uberlândia

A principal agenda do presidente Lula nesta quinta-feira foi a inauguração da ampliação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), obra iniciada em 2012, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), mas autorizada em 2011, no segundo mandato do atual presidente.

Também estiveram presentes a primeira-dama, Janja, os ministros da Educação, Camilo Santana, da Saúde, Nísia Trindade, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além de deputados federais como Odair Cunha (PT-MG), líder do partidos na Câmara dos Deputados, André Janones (Avante) e Weliton Prado (Solidariedade).

Aliás, ao elogiar Prado por destinar R$ 130 milhões em emendas para concluir os trabalhos do HC-UFU, Lula fez uma crítica indireta ao chamado relator e às emendas da comissão na Câmara dos Deputados. “Exemplo de emenda parlamentar para uso coletivo e não para uso pessoal”, afirmou o presidente.

A construção do novo pronto-socorro do Hospital de Clínicas sofreu vários atrasos, devido a problemas de projeto, disputas judiciais e atrasos nos pagamentos. Houve pelo menos duas grandes interrupções no andamento, em 2014 e 2019. A obra foi retomada em dezembro de 2020 por um consórcio.

A unidade tem capacidade para 249 leitos, dos quais 69 entrarão em funcionamento em outubro. Ainda é necessário um orçamento para que a unidade se torne plenamente operacional. Segundo levantamento da reitoria da UFU, a manutenção de cada leito custa mais de R$ 1 milhão por ano.

“Viemos inaugurar a primeira parte de um hospital universitário. Quero pedir ao meu governo e espero que o (Ministro de Fezenda) Haddad esteja ouvindo e a (Ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil) Simone Tebet também: pelo amor de Deus, não vamos deixar a imprensa, daqui a pouco, tirar fotos aqui e dizer que mais da metade está trabalhando”, cobrou Lula.

A previsão é que a nova área esteja totalmente ocupada em 18 meses. Os recursos necessários estimados em mais de R$ 100 milhões serão captados e alocados ao longo do período.