Dívida bilionária de Minas tem nova semana decisiva em Brasília

Dívida bilionária de Minas tem nova semana decisiva em Brasília



Voltar os olhos para Brasília tornou-se rotina no governo mineiro nos últimos meses no que diz respeito à saúde financeira do estado. Esta semana, a questão da dívida bilionária com a União volta a ter dias decisivos na capital federal, onde deve ser votado no primeiro redondo. O plano que cria alternativas para resolver dívidas é uma aposta do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para substituir o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como ferramenta para unidades federativas com contas no vermelho e deve ser discutido no plenário do Senado na próxima terça-feira (13/8).

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A última semana foi marcada por negociações de Pacheco para facilitar a tramitação rápida do projeto tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira (8/7), o senador se reuniu com governadores nordestinos para discutir o fundo de equalização previsto na Propag. Trata-se de um mecanismo agregado ao projeto justamente para não descuidar de estados que não possuem dívidas com a União, como regiões como o Nordeste. A sensação de favorecer os devedores em detrimento dos bons pagadores é uma das preocupações para o andamento do plano no Congresso e uma das pontas que o pessedista mineiro tenta amarrar.

A ideia da Propag consiste em criar mecanismos para baixar a taxa de juros cobrada nas dívidas estaduaishoje fixado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somado a 4% do valor devido à União. O plano de Pacheco determina que as unidades federativas cumpram uma série de condições para reduzir o índice.

É possível reduzir a cobrança de juros em até dois pontos percentuais por meio da federalização de ativos avaliados em até 20% do estoque da dívida. No caso de Minas, por exemplo, discute-se a transferência de estatais como Cemig, Codemig e Copasa para o governo federal. Outro ponto percentual pode ser removido através da contribuição para um fundo de equalização que sirva todos os estados; e mais um ponto caso a economia obtida com o não pagamento do serviço da dívida seja revertida em investimentos em infraestrutura, saúde e educação pelo governo estadual.

RRF à parte

Desde que assumiu o cargo, em 2019, Romeu Zema (Novo) tratou a adesão ao RRF como uma medida única para estancar o sangramento dos cofres do Estado, que hoje deve cerca de R$ 165 bilhões à União. A insistência do governador no regime nunca repercutiu na Assembleia Legislativa (ALMG), que nunca autorizou a entrada de Minas no programa que determina uma série de medidas austeras e impopulares.

O RRF é um mecanismo do governo federal para que os estados cortem gastos e ajustem o orçamento para permitir o pagamento de dívidas. O plano de adesão ao RRF elaborado pelo governo Zema inclui a limitação dos investimentos do Executivo devido ao nível inflacionário; reajuste salarial dos servidores públicos em apenas duas parcelas de 3% durante os nove anos de regime; e a suspensão de futuros concursos públicos.

A chegada de Pacheco à mesa de negociações no final do ano passado e a sinalização do governo federal, na forma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), à ideia de negociar o pagamento direto das dívidas dissuadiu Zema de sua ideia fixa. Aos poucos, o governador de Minas Gerais ficou mais disposto a deixar o regime de lado e abraçar a Propag.

Na última sexta-feira (08/09), durante cerimônia de abertura da 11ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud)Zema tratou o RRF como um paliativo da dívida. Por outro lado, disse que a Propag atende às necessidades dos estados endividados com a União. Numa entrevista, destacou experiências de governos que aderiram ao RRF e solicitaram a saída do regime.

“Precisamos resolver esse problema (…). O que vimos ao longo do tempo, tanto no caso do Rio (de Janeiro), quanto do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, é que o regime de recuperação fiscal é um paliativo por três, quatro anos. Você mantém a dívida, há uma redução das parcelas nesse período, mas ela cresce bastante nos primeiros anos e depois de quatro, cinco anos você enfrenta exatamente o mesmo problema de novo”, disse o governador de Minas Gerais.

Desde o final de 2018, Minas está com o pagamento das parcelas da dívida suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida já foi prorrogada quatro vezes e o prazo atual vai até 28 de agosto, quando o tribunal avalia em plenário o mérito das prorrogações concedidas ao estado para continuar sem obrigação de efetuar pagamentos. Entretanto, a adesão ao RRF permanece suspensa na Assembleia, sempre com hipóteses de volta à pauta da Câmara à medida que se aproxima o fim dos efeitos da liminar do STF.

Clima no Congresso

O senador Castellar Neto (PP-MG) acredita em ambiente favorável para a aprovação da Propag no Congresso Nacional. Ao Estado de Minas, o parlamentar que assumiu o cargo no mês passado com autorização de Carlos Viana (Podemos) disse que não descarta propor alterações no texto, desde que não atrapalhem a tramitação do texto.

“Há um consenso de que temos que encontrar uma solução para a questão da dívida, por isso o clima é absolutamente favorável. Minas Gerais tem uma situação crítica e, por isso, os parlamentares estão muito envolvidos no assunto. Estamos avaliando possíveis alterações no texto, sempre com o objetivo de não inviabilizar o projeto”, disse ao repórter.

Na Câmara dos Deputados, o líder do governo Zema também manifesta esperança. Zé Silva (Solidariedade-MG) aposta na força da representação dos estados do Sul e do Sudeste, os mais endividados, para a aprovação do PLP da Propag na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional. A soma dos parlamentares citados está a apenas um voto de obter a maioria no plenário.

“Os parlamentares do Cosud, que é onde estão os estados interessados ​​nesta proposta de Rodrigo Pacheco, já têm basicamente 256 votos na Câmara dos Deputados. O governador de Minas já promoveu uma reunião aqui em Brasília na sede do governo e pediu o apoio de todos os parlamentares e vejo que há um clima favorável entre a bancada”, disse ao EM.



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