Desvios de Bolsonaro com joias foram de R$ 6,8 milhões, afirma PF em errata

Desvios de Bolsonaro com joias foram de R$ 6,8 milhões, afirma PF em errata



A Polícia Federal afirmou, em relatório que embasou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso de comércio de joias, que houve desvio ou tentativa de desvio de itens cujo valor de mercado chega a R$ 6,8 milhões.

A conclusão do relatório da Polícia Federal enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou que esse valor foi de R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06). A PF, porém, informou nesta segunda-feira (8) que houve erro material na conclusão, e que o valor total, na verdade, é de R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12). O valor correto é mencionado em outra parte do documento.

Segundo a PF, as provas da investigação indicam que houve “uma associação criminosa focada na prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão de seu cargo pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e/ou delegações do governo brasileiro, que atuavam em seu nome, em viagens internacionais”.

Esses presentes foram entregues por autoridades estrangeiras e depois comercializados no exterior.

Segundo a polícia, os valores das vendas foram convertidos em dinheiro e entraram no patrimônio pessoal do ex-presidente, sem utilização do sistema bancário formal, “com o objetivo de ocultar a origem, localização e titularidade dos valores”.

Na semana passada, Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciados na investigação sobre a venda de joias recebidas como presentes pelo governo brasileiro.

Segundo a polícia, as investigações trouxeram indícios de que “os recursos obtidos com a venda ilícita de joias desviadas do acervo público brasileiro” retornaram ao patrimônio de Bolsonaro e de sua família, por meio de lavagem de dinheiro, enquanto ele esteve nos Estados Unidos, após sendo derrotado nas eleições presidenciais por Lula (PT).

A PF identificou, na análise da movimentação financeira de Bolsonaro no Brasil e no exterior, que o ex-presidente não utilizou recursos depositados em suas contas bancárias para cobrir suas despesas nos EUA entre 30 de dezembro de 2022 e 30 de março de 2023.

“O uso de dinheiro vivo para pagar despesas cotidianas é uma das formas mais comuns de reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência legal”, afirmou a PF.

A PF apresentou nesta sexta-feira (5) documentos ao STF indiciando o ex-presidente e outras 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias recebidas como presentes pelo governo brasileiro.

O ex-presidente é suspeito dos crimes de associação criminosa (com pena de prisão de 1 a 3 anos), branqueamento de capitais (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bens públicos (2 a 12 anos).

A PGR analisa agora se deve denunciar o ex-presidente. Se isso acontecer, caberá então ao Tribunal decidir se ele se torna réu. Além de Bolsonaro, outras dez pessoas também foram indiciadas pela PF por suspeita de associação criminosa.

Ex-ajudante de campo do ex-presidente, Mauro Cid foi apontado como suspeito dos três crimes. Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados de Bolsonaro, foram citados por lavagem e associação criminosa, assim como o general reformado Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, que supostamente ajudou na venda das joias, e o ex-assessor de Bolsonaro, Osmar Crivelatti.

Os demais indiciados pela PF foram Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, Marcelo da Silva Silveira e Marcos André dos Santos Soeira (apropriação e associação criminosa), Julio Cesar Vieira Gomes (pelos três crimes e por defesa administrativa perante a administração do Tesouro) e o soldado José Roberto Bueno Junior (pelos três crimes).

Apenas Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, foi indiciado por crime (lavagem).

Albuquerque era ministro de Minas e Energia na época e seu ex-assessor Marcos Soeira tentou desembarcar no Brasil com na mochila um pacote de joias que havia sido dado em uma viagem à Arábia Saudita. Os artigos foram apreendidos porque não haviam sido declarados à Receita Federal.

Julio Cesar Vieira Gomes era o chefe da Receita Federal na época e, como a Folha mostrou, conversou posteriormente com o ex-presidente sobre a possibilidade de liberação das joias.

Wajngarten teria sido o responsável por providenciar a recompra dos itens vendidos no exterior para devolução ao Brasil. E Wassef recomprou um dos itens, um relógio Rolex, nos Estados Unidos.

Procurada, a defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou sobre a reportagem.



emprestimo do inss

empréstimo para consignados

simular um empréstimo consignado

simular empréstimo picpay

simular emprestimo picpay

como fazer emprestimo no picpay

emprestimo consignado no inss

blue emprestimo

simulação empréstimo picpay

emprestimo consignado simulação

inss empréstimos

Vegansk gourmet hos restaurant ark.