11/06/2024 – 19:13
• Atualizado em 11/06/2024 – 19h27
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Vermelho: a medida provisória prejudica o setor produtivo brasileiro
Em discursos no Plenário da Câmara, deputados comentaram a devolução de trechos da Medida Provisória 1.227/24, que impõe restrições à compensação de créditos de contribuições ao PIS/Pasep e a Cofins. A decisão foi anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na tarde desta terça-feira (11). Pacheco também é presidente da Mesa do Congresso Nacional.
Em sua decisão, Pacheco informa que enviou mensagem ao Presidente da República que “rejeita sumariamente e considera não escritos os incisos III e IV do artigo 1º e os artigos 5º e 6º da MP 1.227/24 e declara a extinção de sua validade e eficácia”. desde a data de publicação dos referidos dispositivos, negando-lhes tramitação no Congresso Nacional”.
Pacheco explicou que a devolução da MP ao governo ocorre para garantir a segurança jurídica diante das mudanças nas regras tributárias, “o que gera enorme impacto no setor produtivo nacional”. “O que se observa em parte desta medida provisória, em parte substancial dela, é que há uma inovação, com alterações nas regras tributárias – que geram enorme impacto no setor produtivo nacional – sem observar a norma constitucional de dezenove “, ele disse .
Setor produtivo
Segundo o deputado Vermelho (PL-PR), não é possível concordar com a medida provisória porque ela prejudicará o setor produtivo brasileiro. “Foi um trabalho de 26 anos frentes parlamentares que se uniram, mostraram e provaram ao governo e à sua área econômica que estão indo na contramão da história, onerando ainda mais os setores produtivos”, afirmou.
Esta é a mesma opinião do deputado Beto Pereira (PSDB-MS). “Quem vai pagar essa conta será justamente o consumidor, porque os preços vão aumentar, a cadeia produtiva vai ser prejudicada, os empregos vão diminuir”, afirmou.
Para o deputado Coronel Assis (União-MT), o governo buscou aumentar a carga tributária em vez de revogar benefícios. “Revogar benefícios de quem tem benefícios. Parem de tributar o povo brasileiro. A MP impõe maior carga fiscal a diversos setores estratégicos para o país.”
O deputado Zé Trovão (PL-SC) disse que a MP 1.227 “devastaria a economia do país e destruiria a agricultura”.
Líder do governo
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), declarou “total respeito” pela decisão de Rodrigo Pacheco. “E sem entrar no mérito da sua decisão, a quem saúdo as atribuições, para nós, desta base de apoio ao governo, não existe Constituição provisória, não existe lei provisória; existe Constituição e lei a ser respeitado.”
Segundo Rodrigues, o Executivo e o Legislativo precisam encontrar uma nova fonte de alívio para compensar a recarregamento de 17 setores da economia, que estava em outra medida provisória (MP 1.202/23), estimada em R$ 25 bilhões pelo Ministério das Finanças.
Reportagem – Tiago Miranda
Montagem – Pierre Triboli
Com informações da Agência Senado
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