Deputados comentam decisão do STF a favor da descriminalização da maconha para uso pessoal – Notícias

Deputados comentam decisão do STF a favor da descriminalização da maconha para uso pessoal – Notícias


25/06/2024 – 20h05

Antônio Augusto/SCO/STF

Sessão desta terça-feira do Supremo Tribunal Federal

Os deputados debateram o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Somente após a divulgação do resultado a decisão entrará em vigor, o que deverá acontecer em sessão posterior.

Para o líder do PL, deputado Altineu Côrtes (RJ), a decisão do STF vai diretamente contra a maioria da população brasileira. Segundo ele, a ação traz dois problemas graves: o fato em si e o que chamou de “invasão de competência legislativa” por parte do STF. “A experiência em outros países foi trágica. A liberação de drogas no Brasil é uma tragédia para os jovens e para a sociedade brasileira. O Supremo Tribunal Federal deve cumprir o seu papel e é muito importante, mas nunca legislar em nome do Congresso Nacional”, ele disse.

O deputado Luiz Lima (PL-RJ) afirmou que o Supremo ocupa, com a decisão, um espaço na Câmara para alterar, revogar e criar leis. “Fica aqui a minha indignação hoje com a votação no Supremo Tribunal Federal, em relação à descriminalização da maconha, o verdadeiro absurdo disso, estar sendo debatido, indo contra a nossa Constituição, porque só nós, deputados federais e senadores, podemos revogar, criar e mudar as leis”, insistiu.

O deputado Osmar Terra (MDB-RS) também concordou que a permissão ou não do porte de maconha é uma medida legislativa. “Isto certamente aumentará muito o consumo de drogas. As crianças levarão drogas para a escola e ninguém poderá fazer nada, porque não é crime”, afirmou.

Segundo ele, a expansão do consumo crescerá ainda mais se o STF definir também a quantidade limite de maconha a ser considerada permitida para porte, como 60 gramas. “Essa quantidade de 60 gramas dá mais de 100 cigarros de maconha. Qual traficante precisa carregar mais do que isso para vender?

Para Osmar Terra, a maconha não pode ser considerada uma droga mais branda porque causa doenças incuráveis, como a esquizofrenia.

Outro crítico da descriminalização, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) disse que a futura decisão do STF é “estúpida” e vai na contramão de 28 anos de sua atuação na área de segurança pública, combatendo o uso e porte de drogas. “Não há outra palavra! A decisão, além de errada, é estúpida, escandalosa e prejudicará milhares e milhares de famílias em nosso país.”

Segundo ele, que é coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Pública, a mudança viabilizará a venda de drogas nas escolas. “Seu filho ou neto vai chegar numa escola e o colega dele, com um saco cheio de maconha, vai tirar 50, 60 baseados e vai negociar, vender. Eu pergunto: isso não é comércio? claro que é”, disse Fraga.

Segundo o deputado Sanderson (PL-RS), há um caos nos países onde o uso recreativo da maconha foi permitido. “Os pais se preocupam todos os dias porque os filhos não querem estudar, não querem trabalhar, não querem ter uma vida positiva, porque estão entregues à miséria e ao inferno da maconha”, disse. . Ele questionou como será a aquisição da maconha, já que não há venda legal no Brasil.

“Decisão correta”
Para o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), a decisão do STF, apesar de limitada, é correta. Segundo ele, a política de criminalização das drogas não conduziu, no nosso país, a qualquer redução da violência. “A política relacionada à Lei de Drogas melhorou a sensação de segurança das pessoas? Não. O uso abusivo de álcool e outras drogas é um problema de saúde pública que deve ter a rede de atenção psicossocial fortalecida, e não por meio de política criminalizadora”, destacou.

Segundo a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), é uma hipocrisia seguir a lógica de uma guerra às drogas, que se transforma em guerra aos pobres e significa o hiperencarceramento da juventude pobre e negra. “O STF fez a coisa certa e fez um ótimo trabalho ao garantir a descriminalização do uso da maconha para posse pessoal, separando o traficante do usuário, para acabar com muita hipocrisia que existe por aí”.

Melchionna afirmou que quando um jovem negro e pobre é pego com 3 gramas de maconha, ele é rapidamente rotulado de traficante. “Eles adoram tornar o debate tão superficial quanto um disco. Sem evidências de como funciona a política de drogas em outros países. No bom senso, transformando tudo em pânico moral, o próprio consumo de drogas aumenta”, disse ela.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), dizer que a mudança na política de drogas vai alimentar o tráfico é ignorar o poder do tráfico hoje. Segundo Kokay, o consumo entre adolescentes caiu nos países que descriminalizaram o uso de drogas, “pois estabelecem que o uso abusivo de álcool e drogas é política de saúde. Não pode ser considerado política de segurança e isento de política de saúde”, afirmou.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Ana Chalub



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