Com Bruna Lima, Cláudia de Jesus, João Pedroso de Campos e Tatiana Farah
Apesar das expectativas geradas em torno da posse de Donald Trump ontem, diplomatas da cúpula do Itamaraty avaliam deportações em massa imediatamente como improváveis. Medidas na escala daquilo que Trump prometeu na campanha requerem planeamento e preparação, e não é viável que aconteçam hoje ou amanhã.
“A deportação de milhões de pessoas não acontece da noite para o dia. O que poderia acontecer são ações pontuais, com maior visibilidade e cobertura midiática, mas nada na escala prometida na campanha”, comentou um embaixador da coluna sob condição de anonimato.
As declarações ocorrem em meio à crescente preocupação dos países latino-americanos com o assunto. Na quinta-feira, 16, e na sexta-feira, 17, o governo brasileiro participou de reunião multilateral sobre Mobilidade Humana na Rota Norte, na Cidade do México, que reuniu, além do país organizador, representantes de Belize, Colômbia, Costa Rica, Cuba , El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Panamá e Venezuela. Sem mencionar os Estados Unidos, os países expressaram “séria preocupação” sobre possíveis deportações em massa.
A deportação em massa foi uma das promessas de campanha mais polêmicas de Trump, amplamente apoiada por 55% dos norte-americanos, segundo pesquisa do “New York Times” em parceria com o instituto Ipsos e divulgada neste sábado, 18. enfrenta desafios práticos e jurídicos significativos, bem como resistência de setores da sociedade civil e líderes estatais.
Em nota publicada no fim de semana, o Itamaraty reafirmou o compromisso de acompanhar de perto a situação e prestar assistência aos cidadãos brasileiros. Embora a declaração não mencione diretamente o novo governo americano, é evidente a preocupação com os impactos das políticas de Trump.
Aliás, a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, já se reuniu com o novo assessor de Segurança Nacional, Mike Waltz.
O encontro foi em dezembro, num evento que contou com a presença de vários embaixadores. A conversa de Viotti e Waltz foi rápida. O americano demonstrou interesse pelo Brasil e em dialogar com o país. Waltz é marido de Julia Nesheiwat, que ocupou o mesmo cargo durante o primeiro mandato de Trump. É um veterano de guerra e crítico da China, país que a administração Trump quer manter afastado das suas áreas de influência, como a América Latina.
Viotti vem se preparando – e preparando a embaixada – para a nova administração Trump há algum tempo, mesmo antes de sua vitória em novembro. Ainda no governo Biden, o embaixador começou a aprofundar os laços com os republicanos. A embaixadora também conta com uma importante aliada na nova fase de seu trabalho, a partir de hoje: sua lista telefônica. Viotti era chefe de gabinete de António Guterres na ONU.
Tarcísio…
A comitiva de Tarcísio de Freitas inclui dois tipos de aliados: os que aceitaram à letra quando o governador de São Paulo disse que buscaria a reeleição em 2026 e os que achavam que ele ficaria parado em relação a uma candidatura presidencial por, apenas um muito tempo. mais tarde, decida qual caminho você realmente vai seguir. Nesta segunda-feira, 20, o segundo grupo obteve mais informações para embasar suas percepções sobre as possíveis intenções presidenciais de Tarcísio.
…e a tampa
Entre esse grupo, o gesto do governador de São Paulo em comemorar a posse de Donald Trump com o boné “Make America Great Again”, um dos símbolos do trumpismo, foi visto como um aceno ao bolsonarismo mais ideológico com vistas a uma possível corrida para o Planalto. . Integrantes do outro grupo, que defende a permanência do governador no Palácio dos Bandeirantes para acumular musculatura política até 2030, não deram toda essa importância ao boné vermelho.
Disputa paralela
A chegada da Operação Overclean ao STF acabou por colocar dois nomes no contexto do suposto caso de corrupção que lideram, em lados opostos, os bastidores da disputa por uma vaga no STJ: Kassio Nunes Marques e a juíza Daniele Maranhão, do TRF-1. Daniele, responsável pela decisão que tirou da prisão os alvos da Overclean, entre eles o empresário José Marcos de Moura, o “Rei do lixo”, em dezembro, disputa a vaga no STJ com o desembargador Carlos Brandão, também do TRF-1. Kassio faz campanha por Brandão. Entre os apoiadores do magistrado está Gilmar Mendes.
Passado político
Sidônio Palmeira já disse que não se trata de política e sim de publicidade, mas nem sempre foi assim. Estudante de engenharia mecânica na década de 1980, foi líder do movimento estudantil da UFBA, em Salvador. O ministro da Secom tornou-se vice-presidente do DCE da universidade e trabalhou lado a lado com o deputado Zé Neto (PT-BA) e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Sidônio fazia parte do grupo Direção, que reunia a esquerda do MDB, o PCB e o PCdoB, do qual o publicitário era mais próximo, e o recém-criado PT.
As cartas do boom
Depois de anos de atraso, o livro que reúne 207 cartas trocadas entre Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Julio Cortázar e Carlos Fuentes, quatro grandes protagonistas do movimento literário que abalou a América Latina e o mundo nas décadas, deve chegar ao Brasil prateleiras este ano. de 1960 e 1970. A correspondência revela detalhes da amizade, diferenças políticas e obsessões pessoais durante o processo criativo dos quatro. O livro começa em 1955, quando Fuentes e Cortázar se conheceram numa livraria, e vai até 2012, ano em que Fuentes, de 85 anos, se despediu com carinho de García Márquez como “seu amigo de sempre”. Será publicado pela editora Record.
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