Decisão sobre aborto antecipa mais uma eleição moralista

Decisão sobre aborto antecipa mais uma eleição moralista



O cenário da próxima campanha eleitoral vai ganhando cada vez mais clareza. A disputa municipal, claro, tem contornos específicos de cidade para cidade, mas a agenda aduaneira que ocupa grande parte da agenda política brasileira nos últimos anos já se mostra um fator importante na campanha, principalmente para cargos no Legislativo . Em Belo Horizonte, mesmo com parlamentares já em clima eleitoral, vereadores e pré-candidatos recorrem à Justiça por decisão que coloque a capital mineira em uma bifurcação no caminho que oferece o caminho para o conservadorismo ou a manutenção de direitos .

Nesta quinta-feira, as vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, ambas do Psol, conseguiram uma vitória jurídica ao anular os efeitos de uma lei chamada informalmente de “censo do aborto”. Os parlamentares tiveram que recorrer ao Judiciário para evitar que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fosse obrigada a publicar informações sobre interrupções de gravidez previstas na Constituição Federal.

O projeto de lei apresentado por Flávia Borja (Democracia Cristã) determina que a Secretaria Municipal de Saúde publique boletins informando onde foram realizados, a faixa etária da gestante e o motivo pelo qual o aborto foi realizado na capital mineira nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco à saúde da mãe e do feto anencéfalo, em que a lei permite a interrupção da gravidez. O prefeito Fuad Noman vetou a necessidade de divulgação dos hospitais onde os procedimentos foram realizados, mas a Câmara derrubou o desmentido.

A lei foi apresentada e defendida numa Câmara majoritariamente conservadora e ultrarreligiosa com argumentos estranhos, como permitir a criação de estratégias de prevenção ao estupro, ainda que os boletins não indiquem informações sobre o crime, mas apenas sobre o aborto legal. Na coluna, Iza Lourença justificou ter ido à Justiça para derrubar os efeitos do texto aprovado e reforçado entre os vereadores de Belo Horizonte.

“A Câmara ignorou a Constituição e derrubou o veto do prefeito. Precisamos de ir a tribunal para que digam a uma Câmara Municipal que existe uma Constituição e que ela tem de ser cumprida, porque não pode legislar acima da lei do país. [Vereadores conservadores] Dizem que não é democracia porque o Tribunal estaria a legislar, mas o que não é democracia é legislar contra a Constituição. Evito procurar a justiça para resolver problemas políticos, mas quando há um grande número de vereadores que rasgam a Constituição não tenho alternativa”, afirmou Iza Lourença.

A lei restringe as mulheres que poderiam optar pelo aborto nas poucas situações em que ele é permitido no Brasil. O projeto foi facilmente aprovado pelo Legislativo de BH, formado por maioria conservadora. Mais da metade dos assentos são ocupados por um grupo que se autodenomina cristão. Uma rápida olhada nos perfis de cada um dos 41 parlamentares nas redes sociais é suficiente para perceber que a agenda de costumes com conteúdo religioso predomina entre os conteúdos publicados.

Neste cenário, Iza Lourença afirma que o campo progressista tem abordagens diferentes para lidar com o tema, mas que o Psol manterá uma estratégia de abordagem de questões comportamentais com o objetivo de evitar uma nova formação da Câmara Municipal com grande maioria conservadora.

Muita água correrá até que as urnas definam, no dia 6 de outubro, a nova composição da Câmara Municipal de BH. As candidaturas ainda nem estão definidas, alianças serão construídas e estratégias traçadas. Um ponto, porém, parece certo: não será neste ano que veremos propostas de cidade disfuncional a cada esquina se impondo em discussões que abordem costumes e comportamentos com a já tradicional carga de preconceito, proselitismo religioso e agressividade que se tornou uma marca registrada das disputas políticas. contemporâneo.

Entre o fogo e a água

Várias horas depois de um incêndio no sistema de ar condicionado central fumegar a Cidade Administrativa, o governador Romeu Zema (Novo) manteve silêncio sobre o incidente na sede do Executivo mineiro. Enquanto isso, em suas redes sociais, o governador publicou um vídeo na sede do Minas Tênis Clube, no qual brinca com atletas olímpicos que representarão o Brasil em Paris. Ele disse que fará treinos na piscina da agremiação, preferencialmente no frio e com água gelada, a cada medalha conquistada pelos mineiros.

Fuad com Solidariedade

Além do Novo e do MDB, que têm candidatos a prefeito de Belo Horizonte, o partido Solidariedade também realizará convenção no dia 3 de agosto. O partido vai aprovar 42 pré-candidatos a vereador em evento realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais com a presença do prefeito Fuad Noman (PSD). O deputado estadual e presidente municipal do partido, professor Wendel, afirma que o objetivo é eleger os vereadores menos votados, portanto, com dispersão de votos.

UP lança aplicações

A Unidade Popular (UP) também marcou a sua convenção. O evento será na Ocupação Carolina Maria de Jesus, região central da capital mineira. Mantendo a tradição do partido jovem de indicar concorrentes para cargos majoritários, na próxima quarta-feira (31/07), o partido indicará Indira Xavier para a Prefeitura de Belo Horizonte. Além dela, a UP vai aprovar a pré-candidatura de Mari, Edna, Adriel e Pedro à Câmara Municipal.



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