28/11/2024 – 11h06
Cancelamentos de voos, preços de passagens, exclusões de linhas. Esses foram alguns dos assuntos discutidos na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27). A qualidade do serviço prestado pelas companhias aéreas do país reuniu representantes do setor em audiência pública proposta pelo deputado Vermelho (PL-PR).
Se por um lado as companhias aéreas brasileiras comemoram a boa pontualidade e o cumprimento dos voos regulares, por outro lado, os passageiros reclamam de enfrentar diariamente dificuldades no transporte.
Segundo o superintendente da Agência Nacional de Aviação (Anac), Yuri Vesar Cherman, muitos dos problemas decorrem da busca por segurança no setor aéreo. Ele explica que existem complexidades relacionadas à tecnologia aeronáutica, infraestrutura aeroportuária, gestão econômica e financeira das empresas, logística na definição de rotas, meteorologia e comunicação, entre outras.
“Todos os envolvidos na aviação precisam estar bem alinhados sobre o que está acontecendo para evitar algum problema, a segurança é o nosso maior valor. E qualquer situação inusitada acaba gerando atraso ou cancelamento de voo”, explica.
Segundo o gerente da Associação das Empresas Aéreas, Renato Rabello, o custo da aviação é alto porque é baseado no dólar. E, segundo ele, as empresas ainda se recuperam da crise pós-pandemia e os serviços seguem padrões internacionais.
“Nossa pontualidade, nossa regularidade está em nível internacional, o que demonstra nosso compromisso com o Brasil, país que depende da conectividade aérea, e com o consumidor”, afirmou. Segundo ele, os desafios são muitos, principalmente do ponto de vista financeiro. “Estamos convencidos de que as companhias aéreas sairão deste processo muito mais fortes e sustentáveis”, afirmou.
Plano Nacional de Aviação
O assessor do Ministério dos Portos e Aeroportos Ricardo Rocha afirmou que no dia 5 o governo publicará o novo plano nacional de aviação, que deverá trazer mais investimentos para os aeroportos, principalmente os regionais. Outra meta do governo é tornar o transporte aéreo mais acessível.
“O plano de aviação é bastante complexo, mas busca essa questão da acessibilidade, de promover o acesso às viagens aéreas. Estimamos para o programa, que é de longo prazo, um investimento de cerca de R$ 5,3 bilhões. e o Nordeste, nessas regiões mais isoladas, com maior necessidade de adaptação de infraestrutura”, explica.
Nova legislação
O deputado Vermelho entende que são necessárias mudanças na legislação, inclusive a abertura do mercado para empresas estrangeiras, como forma de aumentar a concorrência.
Ele citou problemas em seu estado, o Paraná, como exemplo. “O cancelamento de 11 companhias aéreas numa cidade turística como Foz do Iguaçu, ou numa capital como Curitiba, ou em várias cidades importantes do Brasil, não se justifica. Os aviões estão sempre lotados, as passagens são extremamente caras”, critica.
Ele afirma que trabalhará para buscar os direitos do consumidor, legislar e trabalhar na cabotagem aérea. Para ele, trazer empresas estrangeiras poderia ser a solução “para mostrar que é possível trabalhar com preços mais dignos”.
Reportagem – Cassiana Tormin
Edição – Rachel Librelon
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