Debatedores defendem mais autonomia do Brasil dentro do Brics – Notícias

Debatedores defendem mais autonomia do Brasil dentro do Brics – Notícias


12/11/2024 – 16h36

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Pazuello: Bloco Brics deve permanecer como fórum econômico

Debatedores ouvidos pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10) reforçaram a importância do engajamento econômico do país nos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita , Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos). Alertaram, porém, que o Brasil precisa ter uma agenda própria e evitar convergências ideológicas com países do bloco.

Durante o encontro, especialistas destacaram que o Brasil assumirá a presidência do Brics em 2025, num contexto de acentuada divisão ideológica: de um lado estão os Estados Unidos e os países alinhados ao Ocidente; e do outro, China, Irão, Rússia e países não alinhados.

Diante desse cenário, pediram que a política externa brasileira priorizasse o Brics como instrumento para ampliar as relações comerciais, sem interferir nos conflitos geopolíticos.

fórum econômico
Para o deputado general Pazuello (PL-RJ), que solicitou o debate, o bloco deve continuar sendo um fórum econômico para os países em desenvolvimento. “O BRICS começa assim e ainda precisa permanecer assim por muito tempo para se consolidar”, disse o parlamentar. “Se passar desta para uma forma mais geopolítica, será complicado”, alertou.

O deputado está preocupado com uma possível aliança geopolítica entre Rússia, Irão e China, que, na sua opinião, formaria um contraponto às ideias ocidentais defendidas pelos Estados Unidos e pela Europa.

Posição brasileira
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) reforçou os pontos positivos do bloco. “Por causa deste princípio de descentralização e respeito pela soberania nacional de cada país, vejo isso como uma vantagem em relação a outras ordens que vieram antes”, afirmou.

“Outro ponto positivo é que surge com uma intenção inteiramente legítima num momento em que o dólar se tornou uma moeda hegemónica. Temos desafiantes a este apoio com os mercados emergentes tendo as suas moedas competindo por espaço nos bancos centrais do mundo”, acrescentou.

defender as suas instituições e os seus interesses”, afirmou.

Falta de investimentos
Na mesma linha, o representante da Marinha, Robinson Farinazzo, criticou a falta de investimento em inovação e tecnologia, o que, segundo ele, fragiliza a posição brasileira.

“O Brasil é o único que não tem investimentos massivos em tecnologia, infraestrutura e defesa”, reclamou. “E, por não termos esses investimentos, entramos nesse acordo do Brics como o parceiro mais fraco, tornando-nos um território de disputa, e não necessariamente um país com agenda própria”, disse.

Para o jornalista e analista geopolítico Lucas Leiroz, o Brasil precisa dar uma visão própria dos acontecimentos no Brics e, para isso, precisa criar organizações e espaços de discussão.

“É preciso fazer com que o Brics deixe de ser uma simples sigla, construir organizações do Brics, construir fóruns do Brics, eventos do Brics. Criar as estruturas materiais do Brics, que está muito avançado nos outros países membros”, exemplificou Leiroz.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Natalia Doederlein



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