Debate mostra que implementação do Código Florestal e do CAR ainda é desafio – Notícias

Debate mostra que implementação do Código Florestal e do CAR ainda é desafio – Notícias


21/06/2024 – 12h40

Agência Senado

Deputado Nilto Tatto preside audiência

Ó Código Florestal, principal legislação brasileira de preservação ambiental, completou 12 anos, mas sua implementação ainda não está consolidada. As dificuldades e desafios para que isso aconteça foram discutidos em audiência pública promovida nesta terça-feira (18) pela Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas.

A audiência foi solicitada e presidida pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), que enfatizou a dificuldade de implementação das ferramentas previstas no Código Florestal, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“A implementação [é necessária] não só para proteção [de florestas]mas para o próprio setor produtivo, que vem sofrendo com as mudanças climáticas, com redução de produtividade em algumas regiões do país”, disse o deputado.

Tatto afirmou ainda que a minoria que “não faz o dever de casa” é quem coloca em risco a preservação e a própria produção.

Sem “adivinhar”
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, destacou que os debates são necessários “sem adivinhações, por meio da ciência”.

“Fico muito preocupada quando falamos de meio ambiente; só falamos de agricultura. Meio ambiente não é só agricultura; temos cidades, temos problemas de saneamento”, explicou. “O Código Florestal é uma das principais políticas que esta Câmara e o Congresso Nacional fizeram, porque o Brasil quis fazer; não foi uma imposição do mundo”, disse Tereza Cristina.

Doze anos depois, “o Estado brasileiro deve o CAR ao setor produtivo. É uma política difícil de implementar, mas exige vontade política”, cobrou o senador.

Cadastro Ambiental Rural
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um cadastro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais. Segundo o diretor do Departamento de Políticas de Desmatamento e Controle de Queimadas do Ministério do Meio Ambiente, Raoni Guerra Lucas Rajão, em 2012 havia pouco mais de 100 mil imóveis com CAR e hoje são sete milhões de imóveis.

A primeira explicação para esse crescimento, segundo o diretor, está nos incentivos, como a concessão de desconto na taxa de juros do Plano Safra para quem concluir a análise do seu CAR. Isso teria levado os estados a se tornarem mais proativos.

Outra explicação seria a incorporação de tecnologia. Hoje a análise é cartorial, mas alguns estados já utilizam inteligência artificial para verificar se há problemas ambientais para análise.

Recuperação florestal
A diretora do Departamento Florestal da Secretaria Nacional da Biodiversidade, Florestas e Direitos dos Animais do Ministério do Meio Ambiente, Fabíola Marono Zerbini, lembrou que o Brasil está comprometido, por meio de conferências e convenções, com a recuperação de 12 milhões de hectares. “E [preciso] olhar o Código Florestal como uma ferramenta que garante a atração de recursos para o nosso país.”

Segundo Fabíola Zerbini, alguns estudos mostram que “se tivéssemos nossos APPs [áreas de preservação permanente] recuperados, evitaríamos mais ou menos 40% dos custos para resolver os problemas que estão acontecendo nas cidades devido às mudanças climáticas”.

Setor produtivo
Para Leonardo Papp, consultor da Organização das Cooperativas Brasileiras, outro fator que interfere na implementação do CAR é a recorrente judicialização de questões relacionadas ao Código Florestal.

“Hoje ainda temos uma discussão no Judiciário sobre a aplicação ou não das regras diferenciadas para regularização de áreas rurais consolidadas no Bioma Mata Atlântica. São 17 estados que hoje não sabem se suas áreas rurais consolidadas podem ser efetivamente regularizadas “, explica o consultor, cobrando segurança jurídica.

O gerente de Recursos Naturais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Augusto de Campos Cardoso, destacou a importância da implementação do Código Florestal para mitigar os desastres causados ​​pelas mudanças climáticas e adaptar as cidades. “A questão dos ativos florestais é importante, para sequestrarmos carbono, mas também para mantermos a margem do rio, para mantermos as encostas do Brasil e podermos minimizar o risco para a nossa população”, explicou.

O secretário executivo do Observatório do Código Florestal, Marcelo Marques Spinelli Elvira, exigiu o cadastramento dos povos e comunidades tradicionais. “Isso ainda é um gargalo. São poucos os municípios cadastrados no CAR e há muitos estados que não estão disponibilizando o sistema para isso”.

Flexibilidade contínua
Suely Araújo, especialista em Políticas Públicas do Observatório do Clima, chamou a atenção para uma série de projetos de lei que flexibilizam a proteção da vegetação florestal, como o PL 3334/23, que permite reduzir a reserva legal na Amazônia em determinados situações.

Ela também destacou que a mudança no uso da terra e o desmatamento são responsáveis ​​por cerca de 48% das emissões brutas do país.

Da Agência Senado
Edição – ND



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