A maioria dos eleitores que declaram ao Datafolha a intenção de votar em Ricardo Nunes (MDB) dizem que escolhem o candidato à reeleição porque não há opção melhor. Essa é a resposta de 61% dos apoiadores do prefeito, enquanto 37% deles dizem que tomaram a decisão porque ele é o candidato ideal.
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Entre os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL), a situação se inverte, com 56% afirmando que o apoiam por considerá-lo o candidato ideal, e 43%, que votam nele por falta de opção melhor.
Nunes e Boulos lideram a votação para a Prefeitura de São Paulo, empatados, com 23% e 22% de intenções de voto, respectivamente. Então apareça José Luiz Datena (PSDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), ambos com 14%, e deputada federal Tabata Amaral (PSB)com 7%.
O instituto entrevistou 1.092 pessoas na capital paulista na terça (8/6) e na quarta (8/7). A margem de erro da pesquisa, encomendada pela Folha e registrada sob o número SP-03279/2024 na Justiça Eleitoral, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nunes apelou ao apoio de Jair Bolsonaro (PL), numa estratégia para evitar que o ex-presidente tenha um candidato próprio na disputa e provoque uma divisão entre eleitores de centro e de direita.
Apesar da recomendação de Bolsonaro para que sua base votasse no Emedebista, Marçal se lançou na disputa disposto a representar o bolsonarismo e tem atraído a simpatia de setores mais radicalizados da direita, que rejeitam Nunes por não o considerarem suficientemente conservador.
A entrada de Marçal e Datena perturbou o clima de polarização antecipada que vinha ocorrendo até poucas semanas atrás, com Nunes e Boulos liderando o primeiro grupo de candidatos com facilidade sobre os demais e estimulando uma repetição da polarização entre Bolsonaro e Lula ( PT).
Boulos, que é aliado do presidente e tem o PT na vice com a ex-prefeita Marta Suplicy, reuniu grande parte da esquerda na primeira eleição na capital desde a redemocratização sem um petista à frente da chapa. O deputado tem a maior rejeição do Datafolha, com 35% dos eleitores afirmando que não votariam nele em hipótese alguma.
No caso de Datena, 52% de seus eleitores afirmam optar pelo jornalista porque não há opção melhor e 45% porque o veem como o candidato ideal para assumir o governo municipal. O apresentador já tentou entrar na vida pública em outras ocasiões, mas em quatro delas desistiu na última hora.
Marçal, por sua vez, é visto como o candidato ideal por 58% dos que pretendem votar nele, enquanto 41% admitem a escolha por falta de nome melhor. Também neófito na política, o empresário e ex-técnico adota um tom antissistema, combinando discurso motivacional e propostas bizarras.
Tabata tem um percentual maior de eleitores que a escolhem porque não há opção melhor (59%) do que aqueles que veem a candidata como ideal para representá-los (39%). A deputada se esforça para aumentar seu índice de conhecimento, atualmente em 58%, e aposta que assim ganhará mais apoio.
Na média geral da lista de candidatos, o Datafolha mostra paulistanos divididos quanto à convicção na escolha para prefeito. 52% afirmam que tomaram a decisão de votar por falta de alternativa melhor e 47% apoiam o seu candidato porque acreditam que ele é a opção ideal.
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