Pelo menos nove editais de incentivo à cultura em Minas Gerais, financiados pelo Fundo Estadual de Cultura (FEC), não serão pagos aos beneficiários. Isso porque, desde agosto, 11 processos seletivos para escolher e promover projetos culturais em Minas foram lançados pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), mas apenas dois foram avaliados e entraram no orçamento do Executivo para este ano, que será encerrado na próxima sexta-feira, segunda-feira. (29/11).
O ministério informou que pretendia divulgar e pagar os valores dos projetos aprovados até o final de dezembro, mas foi surpreendido, no início deste mês, com um decreto publicado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que estipula o fim do exercício orçamental do Estado para emissão de compromissos de despesas correntes e de capital até 29 de novembro.
O procedimento de promoção de projetos inicia-se com a publicação do edital e inscrição. Em seguida, os projetos são selecionados e avaliados por árbitros que fazem parte do setor. São divulgados os resultados preliminares, seguidos da relação dos resultados finais e, por fim, o beneficiário fica habilitado a receber o dinheiro que custeará a execução.
Contudo, este ano, nenhum dos projetos atingiu a fase de publicação dos resultados finais e, portanto, não são elegíveis para receber o montante atempadamente até ao final da execução orçamental.
Se todos os recursos fossem comprometidos a tempo, seriam investidos R$ 22,5 milhões no setor cultural mineiro. Diante do cenário atual, apenas R$ 5 milhões chegarão aos projetos, e o restante do dinheiro deverá retornar ao tesouro estadual com possível impacto negativo no orçamento do fundo em 2025.
‘Contando com o dinheiro’
A agente cultural Geralda Chaves Soares, de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, mantém há mais de 20 anos um projeto de valorização e catalogação da mobilidade indígena e da influência histórica e cultural em Minas Gerais. Inscrita no terceiro edital, o Minas Literária, ficou em primeiro lugar, segundo resultados preliminares divulgados e receberia R$ 53 mil.
“Esse dinheiro é muito importante para revitalizar o nosso centro de memória. Eu reformaria a sede, conto com o dinheiro. Já paguei o pedreiro e comprei material de construção”, conta. Geralda relata que não foi informada sobre os prazos e aguardará o valor até o final do ano.
Carta do Conselho
Na última sexta-feira (22/11), membros do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG) divulgaram ofício endereçado à Secult, destacando o risco de perda dos valores destinados à cultura, caso não fossem comprometidos dentro do prazo. prazo final.
“Esses recursos são de extrema importância para a execução dos projetos aprovados, que refletem diretamente no fortalecimento do setor cultural mineiro e na promoção da diversidade artística do estado”, declarou a entidade.
Após receber a carta, a secretaria marcou uma reunião com o grupo para a tarde de segunda-feira.
O que Secult diz
Em entrevista com Estado de Minasa subsecretária de Cultura, Nathalia Larsen, afirmou que não houve atraso na gestão dos editais, uma vez que não foi divulgado cronograma e que a secretaria não foi informada sobre o prazo para o fim da execução do Orçamento do Estado. Larsen afirmou ainda que o secretário da Cultura, Leônidas Oliveira, está em diálogo com o governo para evitar que os recursos do fundo sejam impactados.
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