Seguindo a tendência nacional, o número de vereadores eleitos em Minas Gerais cresceu nestas eleições municipais em comparação com a disputa de 2020. Das 8.526 cadeiras nas câmaras municipais do estado, 15,6% serão ocupadas por mulheres. Na última eleição, esse percentual era de 13,98%. Em números absolutos, em Minas Gerais, serão 1.332 mulheres vereadoras nos próximos quatro anos e 7.194 homens no mesmo cargo. Nas últimas eleições, 7.294 homens e 1.186 mulheres foram eleitos para os conselhos municipais. Nessa disputa, o número de vagas foi menor (8.480). Aumentaram devido ao crescimento populacional verificado pelo censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma vez que as vagas em cada câmara são definidas de acordo com o número de habitantes.
O número de cidades mineiras sem vereador também caiu. Nas eleições deste ano, 156 dos 853 municípios mineiros não elegeram nenhum parlamentar. Atualmente, em 189 deles há apenas homens no parlamento. O número de vereadores na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) também cresceu, passando de 11 para 12 eleitos entre as 41 cadeiras. Atualmente, o Legislativo da capital conta com 10 mulheres, embora 11 tenham sido eleitas em 2020. Em 2021, a então vereadora Sônia Lansky (PT) renunciou ao mandato três meses após assumir o cargo, por problemas de saúde. O substituto, Pedro Patrus, assumiu o seu lugar.
EXPRESSIVO
Com votos expressivos, a nova bancada feminina da capital mineira também colocou quatro parlamentares entre as cinco candidatas mais votadas da CMBH. A professora Marli (PP) foi a segunda mais votada, seguida por Iza Lourenço (Psol), Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Marcela Trópia (Novo). Todos eles foram reeleitos com votação muito mais expressiva do que na disputa de 2020. Também foram eleitas Flávia Borja (Democracia Cristã), Luiza Dulci (PT), Cida Falabella (Psol), Janaina Cardoso (União Brasil), Juhlia Santos (Psol), Dra. Michelly Siqueira (PRD) e Marilda Portela (PL). Uma delas, Juhlia Santos, é mulher trans, a segunda eleita para a Câmara Municipal de Belo Horizonte. A primeira foi Duda Salabert (PDT), hoje deputada federal. A mais votada entre as mulheres teve 23.773 votos, o que representa 1,97% dos votos válidos. Marli ficou atrás apenas de Pablo Almeida (PL), primeiro colocado na disputa por uma das cadeiras na Câmara, com 39.960 votos ou 3,31% do total.
BAIXA REPRESENTAÇÃO
O número de vereadoras também aumentou em todo o Brasil nesta eleição em comparação com quatro anos atrás. Foram eleitas 10.624 mulheres, um aumento de 13,47% em relação a 2020, quando 9.371 foram eleitas para cargos no Legislativo municipal. Apesar do crescimento, a presença de mulheres nos conselhos municipais de todo o país continua baixa em relação à participação masculina e ainda longe da percentagem de 30% de candidatos estabelecida pelas quotas de género. Os novos vereadores, que tomarão posse no próximo ano, representam atualmente apenas 18,24% dos cargos legislativos municipais, ante 88,76% dos 47.675 homens eleitos para a mesma função.
COTAS DE GÊNERO
Em relação às eleições de 2004, primeira eleição municipal em que foi exigida a garantia de 30% dos candidatos, o aumento é ainda mais significativo, mas ainda tímido se comparado ao eleitorado brasileiro, composto majoritariamente (53,4%) por mulheres. Nestas eleições, as mulheres conquistaram 12,63% das cadeiras, elegendo 6.548 vereadores contra 45.274 homens para o mesmo cargo. Em relação à disputa deste ano, foi registrado um aumento de 62,40% em relação a 20 anos atrás. n
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