A Comissão Parlamentar de Inquérito (IPC) das Apostas, criado em Senado para investigar irregularidades nas apostas online, incluindo o impacto financeiro nas famílias e possíveis ligações com organizações criminosas, completou um mês em meio a um clima de tensão. O período foi marcado por desentendimentos entre senadores, trocas de acusações, denúncias de extorsão envolvendo empresários convocados e conflitos por mudanças no processamento de requerimentos.
Uma das acusações mais graves foi divulgada no dia 13 de dezembro, em reportagem da revista VEJA. Assinada pelo jornalista Ricardo Chapola, a matéria aponta que o lobista Silvio de Assis teria pedido R$ 40 milhões a um empresário para evitar ser convocado à CPI. Silvio, que já foi preso por Polícia Federal em 2018 por corrupção, negou as acusações e afirmou estar acompanhando a comissão na produção de um documentário sobre o setor de apostas.
A denúncia gerou repercussão no colegiado. Em sessão no início deste mês, durante depoimento do presidente do Bet Nacional, João Studart, do relator da CPI, senador Soraya Thronicke (Podemos-MS), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), suplente na comissão, travava intenso debate. A discussão começou depois que Soraya sugeriu convocar representantes do Governo Bolsonaro para explicar a falta de regulamentação das apostas online. Após acusações de ambos os lados, segundo VEJA, Ciro relatou ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o suposto esquema de extorsão envolvendo Silvio de Assis.
Soraya disse conhecer o lobista, mas negou envolvimento em qualquer esquema ilícito. O senador também mencionou ter recebido informações sobre outra denúncia, em que um senador pedia R$ 100 milhões a um empresário convocado pela CPI, mas não revelou nomes. A Polícia Federal estaria investigando as denúncias.
Outro ponto de disputa entre senadores diz respeito às mudanças nas exigências da comissão. Na semana passada, sem apresentar justificativas aos colegas, a relatora transformou os pedidos de convite, que permitem aos convidados optar por não comparecer, em convites obrigatórios. A prática vai contra a tradição nas CPIs, onde é comum converter os pedidos de convocação em convites antes de submetê-los à votação. A intimação é tradicionalmente feita após a recusa do depoente em comparecer.
Os membros do comitê também criticam a opção do comitê de iniciar os trabalhos com declarações, sem solicitação prévia de informações de instituições e empresas relacionadas.
O novo embate entre os senadores deve acontecer na próxima terça-feira, 17, quando a CPI votará novos requerimentos. Entre os nomes que Soraya pretende chamar estão o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodriguese a do diretor de integridade da entidade, Eduardo Gussem. A presença dos dois é questionada pelos senadores, já que o tema da manipulação de resultados esportivos, embora relacionado, é tratado por outra comissão do Senado, a CPI da Manipulação de Apostas e Jogos Esportivos, presidida por Jorge Kajuru (PSB-GO) e o relatório final está previsto para ser votado em fevereiro do próximo ano.
As divergências e acusações colocam em dúvida os rumos da CPI das Apostas. Embora o prazo de conclusão esteja previsto para maio de 2025, há quem acredite que a obra poderá ser concluída antes do previsto.
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