Congresso aprova crédito extra de R$ 4,7 bilhões para governo e ministérios

Congresso aprova crédito extra de R$ 4,7 bilhões para governo e ministérios



Deputados e senadores aprovaram, nesta quarta-feira (29/5), dez Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLNs) que, juntos, concedem crédito extra de R$ 4,7 bilhões ao governo. Os créditos especiais e suplementares foram aprovados em sessão conjunta do Congresso Nacional, realizada esta tarde.

A sessão do Congresso foi aberta nesta terça-feira (28/5) para analisar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Havia 17 vetos de dez PLNs em pauta, mas, após acordo, os parlamentares adiaram a deliberação de sete vetos e votaram os demais, num debate que durou mais de seis horas seguidas.

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Quando começou a votação dos PLNs, alguns parlamentares resistiram em aprovar crédito extra para o Executivo. Portanto, os parlamentares chegaram a um acordo para suspender a sessão do Congresso e levar o debate à Comissão Mista de Orçamento (CMO), para chegar a um consenso antes de discuti-lo no Plenário.

Na CMO, esta manhã, os deputados e senadores que compõem o colegiado debateram durante quase duas horas e aprovaram os PLNs, sendo a maior parte do valor destinada à Saúde. O deputado Duarte Gonçalves Jr (Republicanos-MG) defendeu as propostas. “É autonomia do Executivo realocar ou não os recursos. Nós, deputados, só precisamos entender se vamos votar ou não”, argumentou.

“Temos órgãos de controle. Se esse dinheiro for mal aplicado, nosso papel é monitorá-lo e reportá-lo, e fazer com que as pessoas paguem por isso. Mas prevemos que o dinheiro da saúde não será bem aplicado e, portanto, não votamos no projeto apresentado hoje, para mim estaríamos fazendo um desfavor ao Brasil”, acrescentou.

Por outro lado, parlamentares da oposição criticaram a aprovação dos projetos. “Quem vai definir para onde vai esse dinheiro? Com que critérios esse dinheiro será usado?”, questionou Adriana Ventura (Novo-SP). “Fizeram uma ‘esfrega’ geral, em vários lugares, para dar R$ 3 bilhões. É o dinheiro do orçamento secreto, aquele que ninguém conhece… Pode até saber onde vai parar depois, mas ninguém sabe quais foram os critérios e o que foi usado”, criticou o deputado.

A maior parte para a saúde

Mais da metade dos recursos estão previstos no PLN 13/2024, que abre crédito adicional de R$ 2,85 bilhões para os Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional.

Na Saúde, são R$ 2,84 bilhões destinados à implantação, ampliação e melhoria de sistemas públicos de abastecimento de água em municípios com até 50 mil habitantes. Além disso, os recursos serão destinados ao custeio de serviços de atendimento hospitalar e ambulatorial e de atenção primária à saúde. No Desenvolvimento Regional, são R$ 6,1 milhões destinados à infraestrutura de segurança hídrica nos municípios atendidos pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) foi um dos principais adversários do PLN e liderou o adiamento da votação do dia anterior. Para ele, os recursos serão utilizados pelo governo para obter apoio político nos municípios, de forma a obter vantagem nas eleições municipais deste ano.

“São quase R$ 3 bilhões. Esse dinheiro, na verdade, não é para irrigação de hospitais e postos de saúde, mas para campanhas eleitorais de deputados e senadores, que utilizam emendas orçamentárias secretas, um despojo de dinheiro público. São emendas parlamentares para mesa empresarial, enquanto meu estado está submerso”, reclamou o deputado gaúcho, destacando que os recursos deveriam ser destinados ao Rio Grande do Sul.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), por sua vez, rebateu as críticas e defendeu a aprovação do PLN 13/2024. Ele classificou como “totalmente infundada e descabida” a acusação de que o dinheiro seria usado para obter apoio político. “O projeto faz alterações nas emendas do comitê. Retira recursos de praticamente todas as comissões e os concentra nas comissões de Saúde da Câmara e [de Assuntos Sociais] do Senado. Há um consenso geral de que a área prioritária neste momento na gestão pública é a saúde. Isso está de acordo com todas as pesquisas realizadas em qualquer lugar do Brasil. Qual é o mal nisso? Eu não vejo nenhum.

O PLN 13/2024 obteve 53 votos a favor e 5 contra no Senado. Na Câmara dos Deputados, foram 330 votos a favor e 69 contra. O Plenário rejeitou manifestação do deputado Van Hattem para que os R$ 2,84 bilhões previstos para o Ministério da Saúde fossem aplicados exclusivamente no Rio Grande do Sul. Os outros nove PLNs da pauta foram aprovados em votação simbólica.

Veja os PLNs aprovados:

PLN 24/01: crédito especial R$ 59.000.000,00 para Encargos Financeiros da União

PLN 24/02: crédito especial R$ 7.377.849,00 para o Ministério da Educação (MEC)

PLN 24/05: crédito complementar R$ 256.770.000,00 para Ministério da Defesa e Operações de Crédito Oficial

PLN 24/06: crédito especial R$ 1.895.000,00 para Defensoria Pública da União e Ministério Público Federal

PLN 24/07: crédito especial R$ 19.063.245,00 para Ministérios da Fazenda e da Educação

PLN 24/08: crédito especial R$ 94.835.105,00 para os Orçamentos Tributários da União e da Seguridade Social, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo

PLN 24/09: crédito complementar R$ 873.461.598,00 para os Orçamentos Tributários da União e da Seguridade Social, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo

PLN 24/10: crédito complementar no valor de R$ 182.039.027,00 para o Ministério da Agricultura e Pecuária

PLN 24/11: crédito complementar R$ 426.220.771,00 para o Tribunal de Contas da União, Tribunal do Trabalho e Ministério Público Federal

PLN 13/24: crédito complementar no valor de R$ 2.854.421.588,00 para os Ministérios da Saúde, Integração e Desenvolvimento Regional



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