Comissão de Constituição e Justiça da Câmara avança na análise de propostas que tratam de poderes do STF – Notícias

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara avança na análise de propostas que tratam de poderes do STF – Notícias


27/08/2024 – 19:37

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A deputada Caroline de Toni (C) preside a reunião desta terça-feira

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados iniciou, nesta terça-feira (27), a análise de quatro propostas que alteram normas relativas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Foram lidos os pareceres dos relatores para cada uma das propostas, mas visualizar solicitações adiaram a discussão e votação dos textos para a próxima semana de esforço concentrado na Câmara, em setembro.

Parlamentares ligados ao governo acusaram a oposição de vingança contra o STF, mas os deputados garantiram que buscam apenas a harmonia entre os poderes da República.

Decisões monocráticas
Uma das propostas (PEC 8/21) limita decisões monocráticas, ou seja, individuais, no Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores. A proposta foi aprovada pelo Senado no ano passado.

O relator, deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), recomendou a aprovação do texto (apresentou parecer para admissibilidade).

“Citando apenas um exemplo, em 2014, um juiz do Supremo concedeu liminar que autorizou o pagamento de auxílio-moradia a juízes. A decisão só foi anulada passados ​​quatro anos, em 2018, por outra decisão liminar do mesmo ministro”, explicou Van Hattem.

“Esse tipo de situação infelizmente não é incomum naquele tribunal. Agora, obviamente, não é juridicamente viável que continue assim. Um magistrado não pode concentrar apenas em si o poder de decisão, que deve ser reservado ao colegiado” , criticou o deputado.

Crime de responsabilidade
Outro projeto cujo parecer foi lido hoje (PL 658/22) estabelece uma nova hipótese de crime de responsabilidade para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): manifestar-se, por qualquer meio de comunicação, sobre processo pendente de julgamento.

O relator, deputado Gilson Marques (Novo-SC), apresentou novo texto acrescentando outras hipóteses, como, por exemplo, violar a imunidade parlamentar e usurpar, por decisão ou voto, os poderes do Poder Legislativo, criando uma regra geral e abstrata de competência do Congresso Nacional.

“As questões relacionadas às manifestações de ministros do Supremo Tribunal Federal, ao uso abusivo e ilícito dos poderes e prerrogativas do cargo, às imunidades e garantias dos parlamentares e à defesa dos poderes do Poder Legislativo são medidas essenciais para conter o apropriação indébita dos poderes de cada um dos poderes da República”, argumentou Marques.

Impeachment do ministro
Também foi lido parecer do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) sobre o projeto (PL 4754/16), de teor semelhante, que estabelece a possibilidade de impeachment de ministros do STF que usurparem poderes do Congresso Nacional.

Segundo o texto apresentado por Gaspar, os crimes passam a ser de responsabilidade dos ministros, entre outras ações:

  • usurpar poderes do Congresso;
  • divulgar opiniões na mídia sobre casos pendentes de julgamento; e
  • violar a imunidade parlamentar.

Este projeto já havia sido rejeitado pela CCJ em 2021.

Suspensão de decisão do STF
Também foi lido o parecer do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) pela continuidade (admissibilidade) da proposta de emenda à Constituição que permite ao Congresso Nacional suspender a decisão do Supremo (PEC 28/24).

O autor da proposta, deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), disse que a ideia é impedir o STF quando o Tribunal ultrapassar suas prerrogativas. “Em todo o mundo, em países que têm uma democracia sólida, o Parlamento pode suspender decisões dos tribunais constitucionais”, diz Stephanes. “Isso evita abusos, como a promulgação pela Suprema Corte de uma lei sobre o aborto, a liberação de drogas e muitas outras barbáries que foram infelizmente acontecendo aqui no país.”

“Vingança”
Deputados ligados ao governo acusaram apoiadores das propostas de “tentativa de vingança” contra o STF, que suspendeu o pagamento de emendas parlamentares até que fossem definidos critérios de transparência.

O deputado Patrus Ananias (PT-MG) disse que a Câmara tinha “ressentimento” contra a Corte. “Vamos ser claros aqui. É importante que a sociedade brasileira saiba. A questão desse ressentimento contra o Supremo Tribunal Federal tem relação com emendas parlamentares, emendas obscuras, recursos enormes, e o Supremo Tribunal Federal está pedindo que esses recursos sejam melhor explicados”, criticou.

Interferências
Já a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Caroline de Toni (PL-SC), disse que seu objetivo na elaboração das propostas foi diferente, e que cabe ao Poder Legislativo combater interferências em suas competências .

“Não sou um dos parlamentares que precisa das emendas para poder me eleger”, afirmou. “Hoje tivemos a grata confirmação da diretoria da CCJ sobre a importância e a necessidade de discutir nesta Casa Legislativa os flagrantes excessos de o Poder Judiciário.”

A Comissão de Constituição e Justiça poderá retomar a análise destas propostas na próxima semana de esforço concentrado (9 a 13 de setembro).

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Natalia Doederlein



empréstimo auxílio brasil picpay

emprestimo consignado do inss

empréstimo consignado inss

emprestimo aposentados

simulação picpay

créditos consignados

empréstimos consignados do inss

emprestimo para inss

empréstimo do inss

Gallamiddag på havets bund med sort safari.