Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova proposta do voto impresso – Notícias

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova proposta do voto impresso – Notícias


12/11/2024 – 16h02

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Jose Medeiros: medida reforça credibilidade do processo eleitoral brasileiro

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, por 31 votos a 20, proposta que institui o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação dos votos por boletim eletrônico. O projeto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico.

O texto aprovado é substituir do deputado José Medeiros (PL-MT) ao Projeto de Lei 1169/15, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A proposta, que altera o Lei Eleitoralvai ao Plenário para análise.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Recontagem obrigatória
Segundo o texto, imediatamente após o encerramento da votação, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas aleatoriamente para a contagem pública dos votos.

Essa escolha será feita por meio de sorteio público não eletrônico, com a presença de representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades interessadas.

A urna será aberta pela mesa receptora em frente aos fiscais, e cada voto será retirado individualmente do repositório e lido em voz alta. Em seguida, apresentado pelo membro do painel para exame visual e posterior registro na urna.

Os resultados da contagem pública e a sua comparação com os dados eletrónicos serão registados em ata, assinada por todos os presentes, e disponibilizada ao público para consulta.

Se houver discrepância na amostragem entre a contagem electrónica e a contagem pública, prevalecerá o resultado do escrutínio público. Uma nova amostra, de 10% das mesas de voto do país, será seleccionada para novo escrutínio.

Os votos proferidos serão guardados em urna com selo assinado pelos participantes da apuração e preservados por um ano para eventuais recontagens.

Credibilidade
“Ao adotar essa medida, o processo eleitoral brasileiro reforçará sua credibilidade, garantindo aos eleitores que os resultados refletem fielmente a vontade popular”, argumentou o relator, José Medeiros.

Segundo ele, a presença de diversas entidades durante a seleção e recontagem das urnas promove a participação cidadã e o controle social, “elementos fundamentais de uma democracia sólida”.

Desconfiança
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou a votação da proposta. “A urna eletrônica é uma conquista democrática e civilizatória”, afirmou. “Não vejo o projeto como o fim do mundo, mas ele tem como substrato um ambiente de desconfiança na urna eletrônica”, criticou.

Já a deputada Bia Kicis (PL-DF) defendeu o texto. “É uma tentativa de trazer mais transparência ao processo eleitoral. Quem pode se opor a mais transparência? Não há processo que não possa ser melhorado”, afirmou.

PEC rejeitada
Em 2021, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou proposta que determinava a impressão de “cédulas físicas conferidas pelo eleitor” independentemente do meio utilizado para registro de votos nas eleições (PEC 135/19).

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Natalia Doederlein



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