25/06/2024 – 21h17
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Ana Paula Lima, relatora da CCJ
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25), proposta que regulamenta a profissão de arteterapeuta.
A relatora, deputada Ana Paula Lima (PT-SC), apresentou parecer sobre a constitucionalidade do Projeto de Lei 3416/15, do deputado Giovani Cherini (PL-RS). Ela também se manifestou a favor de alterações apresentadas por duas comissões que analisaram a proposta anteriormente.
Segundo o texto aprovado, o arteterapeuta é o profissional “que utiliza os recursos expressivos das artes visuais, da música, da dança, do canto, do teatro, da literatura, como elementos capazes de favorecer o processo terapêutico das pessoas, buscando o autoconhecimento, a autoexpressão, desenvolvimento humano, criatividade, prevenção e reabilitação de doenças mentais e psicossomáticas”.
Para exercer a profissão você deve:
- ter formação em arteterapia;
- possuir ensino superior completo e curso de formação ou pós-graduação em arteterapia; ou
- comprovar que, até a entrada em vigor da lei, eles tiveram pelo menos quatro anos de atuação como arteterapeuta.
Uma regulamentação posterior deverá estabelecer o órgão responsável pela fiscalização da atividade. O descumprimento das regras estabelecidas constituirá exercício ilegal da profissão.
O arteterapeuta será responsável, entre outros:
- avaliar, planejar e executar cuidados de arteterapia por meio da aplicação de procedimentos específicos de arteterapia;
- realizar atividades técnico-científicas através da realização de pesquisas, trabalhos específicos e organização e participação em eventos científicos;
- realizar consultoria, auditoria e emitir parecer técnico sobre a área de atuação do arteterapeuta;
- participar do planejamento, execução e avaliação de programas de saúde pública; Isso é
- coordenar e dirigir cursos de graduação em arteterapia.
Ao discutir a proposta na comissão, a deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que os arteterapeutas deveriam atuar em mais áreas. “O arteterapeuta puxa o fio de muita existência, de muita potencialidade, de muita vida e, a partir daí, constrói uma realidade diferente para muitas pessoas. Precisamos de mais arteterapeutas em todos os lugares, para que possamos realizar o potencial humano”, disse ela.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) também comentou a aprovação. “A arteterapia chega em um grande momento, sempre ajudando, principalmente ajudando na prevenção de muitas doenças e também auxiliando na recuperação. Então é realmente algo que merece reconhecimento”, disse ela.
A proposta foi analisada em caráter conclusivo e poderá seguir diretamente para o Senado, salvo se houver recurso a ser votado primeiro pelo Plenário da Câmara.
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Reportagem – Paula Moraes
Edição – Ana Chalub
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