21/01/2025 – 13h20
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Eduardo Velloso optou pelo valor previsto no projeto do Senado
Em novembro passado, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou proposta que fixa o salário mínimo nacional para médicos e cirurgiões-dentistas em R$ 10.991,19. O texto prevê reajuste anual com base na variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Pela proposta, a carga horária exigida será de no mínimo quatro horas diárias ou vinte horas semanais.
Foi aprovado substituir do relator, deputado Eduardo Velloso (União-AC), ao Projeto de Lei 765/15, do ex-deputado Benjamin Maranhão (PB) e do apegado (PLs 776/15, 1602/15, 11162/18, 1584/19, 1507/22, 2201/19, 1143/22 e 1259/23).
Lei atual
O substituto altera o Lei 3.999/61que hoje estabelece o salário mínimo dos médicos em valor igual a três vezes e o dos auxiliares em valor igual a duas vezes o salário mínimo comum das regiões ou sub-regiões em que exercem a profissão.
O relator considera que “a fixação de um piso salarial nacional por lei federal para qualquer categoria é uma medida que deve ser analisada com a máxima cautela”, uma vez que o Brasil é um país com extensa dimensão territorial e com realidades regionais extremamente díspares.
“Nesse contexto, determinar um valor que deve ser atendido por todas as unidades da Federação é uma tarefa complexa, mas não podemos fugir dessa tarefa, para evitar que a atual distorção continue”, afirma Eduardo Velloso.
Projeto de Lei do Senado
Segundo o deputado, “a Federação Nacional dos Médicos calcula que o valor deveria ser de R$ 19.404,13”, informa. No entanto, também destaca que muitos municípios têm restrições significativas na sua capacidade de investir em mão-de-obra.
“Optamos por estipular o mesmo valor presente no PL 1365/22, do Senado Federal, por ser esse o valor que está sendo estudado pelo Poder Executivo”, finaliza.
Ao longo do tempo
A remuneração das horas adicionais de trabalho nunca será inferior a 50% da hora normal. E o trabalho noturno terá remuneração superior ao trabalho diurno e, para tanto, sua remuneração terá um acréscimo de pelo menos 50% em relação ao trabalho diurno.
Próximas etapas
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivopelas Comissões de Trabalho; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania.
Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Relatório – Lara Haje
Edição – Marcelo Oliveira
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