17/12/2024 – 15h06
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Silvye Alves, recomendou a aprovação do projeto, com alterações
A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que impede que provedores de internet (operadoras de telecomunicações) cobrem taxas de provedores de conteúdo, como plataformas de streaming e redes sociais, para pagar pela infraestrutura de rede.
O texto procura evitar o apelo parte justa (compartilhamento justo), que permite que os provedores cobrem taxas adicionais de empresas que necessitam de grande tráfego de dados na rede.
A medida está prevista no Projeto de Lei 469/24, do deputado David Soares (União-SP). A relatora, deputada Silvye Alves (União-GO), recomendou a aprovação da proposta.
Conflito com legislação
David Soares é contra parte justao que, segundo ele, entra em conflito com princípios de Marco dos Direitos Civis para a Internetcomo a neutralidade da rede. Este princípio determina que todos os dados que trafegam na internet devem ser tratados igualmente pelos provedores.
Silvye Alves destacou que o preço da conexão à internet no Brasil tem sido baseado no princípio de que o usuário deve ser o principal responsável pelo pagamento pelo seu uso. O modelo garante distribuição equitativa de custos e manutenção da infraestrutura de rede.
“Propostas que sugerem que plataformas de streaming e redes sociais paguem mais pela infraestrutura de rede podem violar a neutralidade da rede e aumentar custos para os consumidores finais”, afirmou o relator. “[Essa cobrança diferenciada] Poderia também criar barreiras para novos participantes no mercado de fornecedores de aplicações, prejudicando a inovação e a competitividade.”
Modificação
Silvye Alves alterou o texto para substituir a expressão “cobrança pelo trânsito” por “cobrança pelo trânsito”. Ela explicou que, pela forma como o aparelho foi escrito, os provedores de conexão estariam proibidos de cobrar até mesmo pela prestação do serviço aos provedores de aplicativos.
“Seria ilegal, pois obrigaria os provedores de conexão a prestarem um serviço gratuitamente aos provedores de aplicativos”, explicou.
Ela explicou que a discussão é criar um modelo de cobrança que vá além do mero pagamento por conexão, “que seria uma remuneração baseada no tráfego”.
Próximas etapas
O PL 469/24 ainda será analisado, em caráter conclusivopela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada por deputados e senadores.
Reportagem – Noeli Nobre
Edição – Natalia Doederlein
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