Comissão aprova projeto que permite parceria sem vínculo de emprego entre escritórios e profissionais de contabilidade – Notícias

Comissão aprova projeto que permite parceria sem vínculo de emprego entre escritórios e profissionais de contabilidade – Notícias


31/01/2025 – 08:17

Mario Agra / Câmara de Deputados

O deputado Flávia Morais recomendou aprovar proposta com modificações

O Comitê de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou, em novembro, um projeto de lei que autoriza os escritórios contábeis a assinar contratos de parceria, técnicos de contabilidade ou outras empresas, sem representar o relacionamento corporativo ou de emprego.

A proposta, que cria as figuras do “Escritório de Contabilidade Parceiro” e do “Partner Profissional”, estabelece que o contrato de parceria deve ser assinado por escrito e aprovado pela União da Categoria ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e pode ser usado meios eletrônicos.

O Escritório de Contabilidade Parceiro, pelo texto, será responsável por centralizar pagamentos e recebimentos de serviços prestados pelo profissional parceiro e poderá manter a porcentagem da parte da cota à qual ele tem direito a um contrato.

O padrão profissional, que pode ser qualificado como um pequeno empreendedor, microempreendedor ou profissional liberal, também será pago pela parte da cota à qual ele tem direito ao contrato, que não fará parte da receita bruta do parceiro escritório.

O texto do relator, deputado Flávia Morais (PDT-GO), foi aprovado, substituindo o projeto de lei 4463/21, do ex-vice-vice-leite (RJ).

O deputado lembrou que o uso do sistema de parceria para contratar profissionais já é uma realidade no Brasil com o parceiro de salões de beleza. Ele acrescentou que o Supremo Tribunal Federal (STF) assinou o entendimento de que esse tipo de contrato, quando usado regularmente, não ofende a proteção constitucional da relação de trabalho.

Flávia Morais escolheu, no entanto, suprimindo o texto que os sindicatos profissionais podem prestar assistência aos profissionais participantes registrados como entidades legais.

“Embora essa assistência tenha um caráter preventivo claro, com o objetivo de evitar fraudes (“ pejotizações ”), o fato é que os sindicatos profissionais não representam empresas. Atribuindo a assistência do sindicato a entidades legais pode sobrecarregar e deturpar o desempenho desses sindicatos ”, explicou.

Por outro lado, para proteger os escritórios parceiros dos riscos envolvidos nos negócios, o texto estabelece que esses estabelecimentos e profissionais são responsáveis ​​em conjunto pelas atividades realizadas em nome dos clientes, incluindo todas as diretrizes e seguintes -up -ups de impostos legais, impostos e obrigações contábeis decorrentes da atividade.

Finalmente, a proposta aprovada deixa claro que o contrato de parceria não deve ser usado para fraudar ou camuflar relacionamentos legítimos de emprego. “Se os elementos que caracterizam a relação de emprego estiverem presentes, o contrato de parceria será nulo e sem finscrição”, explica o relator.

Para dar mais certeza legal aos trabalhadores, a proposta se submete ao Tribunal do Trabalho os conflitos relacionados a contratos de parceria.

PRÓXIMOS PASSOS
O texto aprovado ainda será analisado, em conclusivopela indústria, comitês de comércio e serviços; desenvolvimento econômico; de finanças e tributação; e Constituição, justiça e cidadania.

Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Relatório – Murilo Souza
Edição – Rachel Libralon



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