19/12/2024 – 10:41
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Weliton Prado: proposta é um “avanço substancial” para pessoas com deficiência
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 26 de novembro, projeto que cria o Programa Nacional de Reabilitação Tecnológica Avançada. A iniciativa busca integrar inovações ao tratamento de pacientes com deficiências físicas e neurológicas.
O relator, deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), recomendou a aprovação do Projeto de Lei 2333/24, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). “O Programa Nacional de Reabilitação Tecnológica Avançada deverá representar um avanço substancial para as pessoas com deficiência”, afirmou Prado.
“Ao priorizar o uso de tecnologias de ponta nos tratamentos, o programa reduzirá a necessidade de longas internações e cuidados continuados, aliviando a pressão financeira sobre o sistema de saúde e as famílias”, afirmou o relator.
De acordo com a proposta, o programa nacional terá os seguintes objetivos:
- promover a investigação para desenvolver tecnologias de ponta para a reabilitação, incluindo robótica, inteligência artificial, realidade virtual, neurotecnologia e impressão 3D;
- estabelecer parcerias entre universidades, centros de investigação, hospitais e empresas tecnológicas para desenvolver novos dispositivos e métodos de reabilitação;
- implementar unidades de reabilitação tecnológica em hospitais públicos e centros de saúde especializados e clínicas conveniadas;
- formar profissionais de saúde na utilização de tecnologias avançadas para reabilitação, garantindo atualizações contínuas e formação específica; e
- garantir o acesso gratuito ou subsidiado às tecnologias de reabilitação aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Tecnologias de reabilitação
Segundo o texto, serão consideradas tecnologias de reabilitação:
- ludoterapia para tratar lesões neurológicas, distúrbios emocionais, como depressão e fobias, e problemas articulares;
- exoesqueletos robóticos para recuperar o movimento;
- dispositivos de realidade virtual para reabilitação cognitiva e motora;
- sistemas biofeedback monitorar e melhorar as funções corporais;
- Impressoras 3D para criar próteses personalizadas e dispositivos de suporte;
- neurotecnologia para implantes implantáveis de interface cérebro-computador; e
- software de inteligência artificial para personalizar tratamentos e acompanhar o progresso.
Unidades de Reabilitação
As unidades de reabilitação tecnológica, segundo o texto, devem:
- estar equipado com as mais recentes tecnologias disponíveis no mercado;
- oferecer atendimento interdisciplinar, incluindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, neurocientistas, engenheiros biomédicos e outros profissionais especializados;
- realizar avaliações periódicas da eficiência e eficácia dos tratamentos oferecidos; e
- desenvolver programas de reabilitação individualizados, baseados nas necessidades específicas de cada paciente.
Coordenação
O programa nacional será coordenado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; e Educação. O Ministério da Saúde será responsável pela monitorização, avaliação e responsabilização.
“As inovações tecnológicas na reabilitação de pacientes têm apresentado resultados promissores, proporcionando tratamentos eficazes e personalizados nas mais diversas condições”, afirmou o autor da proposta, deputado Coronel Chrisóstomo.
Próximas etapas
O projeto está em andamento em caráter conclusivo e também serão analisados pelos comitês de Ciência, Tecnologia e Inovação; Saúde; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania.
Para virar lei, terá que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein
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