21/08/2024 – 14h50
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Duarte Jr. recomendou aprovação da proposta
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 366/24, que estabelece o Programa Nacional de Promoção de Cidades Inclusivas, com o objetivo de promover a inclusão social e a acessibilidade em todos os municípios. aspectos da vida urbana e rural.
O relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), recomendou a aprovação do texto. “Este projeto procura garantir que todos os cidadãos tenham igualdade de acesso aos espaços urbanos, às oportunidades de emprego e aos serviços públicos”, destacou o relator.
De acordo com a proposta aprovada, as diretrizes do programa nacional serão:
- incentivar a adoção de práticas de planeamento urbano inclusivas, como a acessibilidade em espaços públicos, edifícios e transportes; a promoção da igualdade de oportunidades; e a eliminação de barreiras físicas, sociais e digitais;
- incentivar a criação de espaços públicos acessíveis às necessidades das pessoas com deficiência, idosos, mulheres grávidas, crianças e outros grupos vulneráveis;
- promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, por meio de capacitação, incentivos fiscais e parcerias com empresas e organizações civis;
- estabelecer parcerias com instituições de pesquisa e universidades para desenvolver tecnologias voltadas à inclusão social, como soluções de acessibilidade, sistemas alternativos de comunicação e tecnologias assistivas;
- promover a formação de gestores públicos e profissionais da área do planeamento urbano, visando reforçar as competências técnicas necessárias à implementação de medidas de inclusão social; e
- estabelecer mecanismos de financiamento e incentivos fiscais para projetos de inclusão social, visando incentivar a participação do setor privado e a captação de recursos para investimentos.
“Cidades inclusivas favorecem pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e são um passo importante para a igualdade de oportunidades e acesso às políticas públicas”, afirma a autora da proposta, deputada Yandra Moura (União-SE).
Outros pontos
Segundo o projeto, o programa será coordenado e regulamentado pelo Poder Executivo e deverá envolver áreas como assistência social; cidades; desenvolvimento regional e agrário; ciência, tecnologia e inovação; educação; e comunicação.
Os entes federais interessados em participar deverão apresentar, ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, projetos detalhados, com diagnóstico de necessidades, plano de ação e cronograma.
Caberá a esse ministério avaliar e selecionar os projetos que receberão apoio financeiro e técnico do programa, considerando critérios como relevância das práticas inclusivas propostas, viabilidade técnica e sustentabilidade econômica.
O programa receberá recursos do Orçamento da União, parcerias público-privadas, convênios ou outras modalidades. O governo federal também poderá estabelecer critérios e indicadores de avaliação.
Próximas etapas
O projeto está em andamento em caráter conclusivo e ainda será analisado pelos comitês de Desenvolvimento Urbano; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania. Para se tornar lei, também precisará ser aprovada pelo Senado.
Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein
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