19/11/2024 – 10h22
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Augusto Coutinho recomendou aprovação da proposta
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto que atualiza o Estatuto da Micro e Pequena Empresa com base em sugestões do Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas.
O texto aprovado é o substituir do relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 125/23, dos deputados Jorge Goetten (Republicanos-SC), Josivaldo JP (PSD-MA) e Mauricio Neves (PP-SP) .
“As medidas podem tornar a lei mais adequada à situação atual, ajudando o ambiente de negócios e contribuindo para a eliminação de obstáculos que dificultam o crescimento, a produtividade e a gestão empresarial”, afirmou Augusto Coutinho.
Assim, entre outros pontos, o substitutivo aprovado dispõe:
- ampliar o acesso ao Simples Nacional, para reduzir custos operacionais e simplificar a gestão. Assim, as cooperativas de energias renováveis e as empresas tecnológicas poderão aderir ao regime especial;
- permissão para que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) atue como agente de desenvolvimento de pequenos negócios e de desenvolvimento territorial;
- declaração expressa em lei de que o microempreendedor individual (MEI) é, em todos os casos, uma microempresa, o que deverá beneficiar categorias como artistas e artesãos, entre outras;
- ampliando a participação das micro e pequenas empresas nas compras públicas, aumentando o limite de exclusividade em lances;
- conceder tratamento diferenciado às micro e empresas em determinados temas trabalhistas, sem retirada, redução ou prejuízo aos direitos dos trabalhadores;
- permissão para comercializar, em todo o país, produtos alimentícios de origem animal ou vegetal, desde que registrados em órgão competente; e
- participação de micro e pequenas empresas no comércio exterior, estendendo aos optantes pelo Simples Nacional a possibilidade de utilizar o regime aduaneiro especial para desvantagem. (O inconveniente beneficia empresas que adquiriram insumos no exterior, utilizados em mercadorias que serão exportadas.)
Lei alterada
A proposta altera o Lei Complementar 123/06 adequar a norma a outras vigentes, como a Lei de Liberdade Econômicae estruturas empresariais emergentes mais recentemente, como coworking (escritórios compartilhados).
Os autores explicam que a ideia do projeto é mitigar os gargalos existentes e introduzir no sistema jurídico melhores práticas e diretrizes para o empreendedorismo.
O relator Augusto Coutinho suprimiu trechos do texto original que poderiam gerar polêmicas jurídicas, como os relativos ao sigilo fiscal das empresas e à emissão de alvarás pelos municípios.
Próximas etapas
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; do Trabalho; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania. Em seguida, seguirá para o Plenário.
Para virar lei, terá que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein
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