Com duas empresas interessadas, leilão da BR-381 deve sair do ‘deserto’

Com duas empresas interessadas, leilão da BR-381 deve sair do ‘deserto’



O trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares da BR-381 passará por leilão de concessão na próxima quinta-feira (29/8) e há pelo menos duas empresas interessadas em realizar as obras de duplicação e administrar a rodovia pelos próximos 30 anos. Nesta segunda-feira (26/8) foi encerrado o prazo para as concessionárias manifestarem o desejo de participar e enviarem suas ofertas iniciais. O simples fato de haver uma licitação para ganhar a gestão do trecho conhecido como ‘Rodovia da Morte’ é uma melhoria em relação aos esforços anteriores de privatização, pois nos últimos dois anos houve duas tentativas de leilão que fracassaram porque terminaram deserto.

Conforme apura a reportagem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recebeu envelopes com propostas de duas corretoras, a Opportunity e a Sita Aterpa. Seguindo normas internas, a autoridade não anunciou oficialmente a entrega dos projetos, mas fontes internas da agência atestaram o recebimento dos documentos. Os planos agora devem ser avaliados para determinar o cumprimento do edital. Caso contrário, o leilão será invalidado, novamente, não sairá do papel.

A concessão rodoviária está no topo das prioridades do Ministério dos Transportes para Minas Gerais neste ano. Com um projeto mais brando com a iniciativa privada, o governo federal espera escapar do destino dos leilões desertos, como ocorreu em 2022 e 2023. Para isso, o edital deste ano dispensa a concessionária de realizar obras nos pontos mais críticos da BR-381 e aumenta a responsabilidade do poder concedente pelos riscos relacionados às intervenções na estrada.

Para atrair empresas e evitar mais um leilão deserto, o governo federal retirou do cronograma de obras da concessionária os cerca de 30 quilômetros de rodovia entre Belo Horizonte e Caeté. O trecho será administrado por quem vencer o leilão, mas a duplicação ficará a cargo do Estado.

A região da rodovia mais próxima da capital mineira é considerada problemática e causa central da falta de interessados. Além das questões geológicas que tornam as obras mais instáveis ​​e perigosas, o risco jurídico ligado à necessidade de retirar famílias do entorno da estrada para duplicação preocupa o setor privado. Segundo cálculos do Movimento Pró-Vida BR-381, cerca de duas mil famílias vivem às margens da rodovia próximas ao gargalo de chegada e saída de Belo Horizonte.

‘Todo mês estarei pessoalmente em Minas Gerais’, diz Ministro dos Transportes

Pedágios

O critério para definição do vencedor do leilão é a apresentação do maior percentual de desconto sobre a tarifa básica de pedágio apresentado no edital de concessão. A empresa que conseguir o direito de administrar a rodovia pelos próximos 30 anos poderá cobrar motoristas em cinco pontos diferentes distribuídos nas seguintes cidades: Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares.

Conforme publicado pelo Estado de Minas, após a instalação dos pedágios, quem pretende percorrer toda a via privatizada poderá pagar até R$ 60,45. O cálculo foi feito com base nos preços iniciais determinados no edital, tarifa a partir da qual as empresas interessadas devem propor percentuais de desconto.

O edital prevê ainda um mecanismo de proteção para evitar que as empresas ofereçam descontos em pedágios tão elevados que possam comprometer a viabilidade econômica da execução das obras. É por isso que as concessionárias devem pagar uma espécie de caução quando apresentam reduções muito significativas na tarifa original.

Para reduções entre 18% e 23%, R$ 62 milhões deverão ser depositados em um fundo emergencial. Para descontos entre 23% e 30%, o valor é de aproximadamente R$ 74,5 milhões e, caso a proposta seja superior a 30%, o valor aportado deve ser de R$ 93 milhões.

A cláusula de segurança, porém, costuma fazer parte não observada dos editais de concessão. A concorrência nos leilões normalmente é baixa, não havendo grandes disputas entre as empresas para ganhar vantagem no leilão.

A BR-040 entre BH e Juiz de Fora, por exemplo, foi adjudicada em abril à EPR após apresentar taxa de desconto de 11,21% na tarifa básica, enquanto o concorrente que mais se aproximou da licitação ofereceu 1%. A mesma empresa obteve vitórias recentes nos últimos anos em leilões de concessão de rodovias estaduais num cenário de pouca concorrência. No lote “Vias do Café”, que reúne estradas do Sul de Minas, a privatização ocorreu após licitação única.

Investimento e obras

O edital determina o investimento de R$ 9 bilhões nos 304 quilômetros da BR-381. O orçamento está dividido em R$ 5,5 bilhões para obras e R$ 3,7 bilhões para operação da pista durante os trinta anos de concessão.

As principais obras incluem a duplicação de 134,27 quilômetros de rodovias; 83 quilômetros de faixas adicionais; 9,7 quilômetros de estradas; 20 passarelas; e 15 travessias de vida selvagem. O edital calcula ainda que a concessão tem potencial para gerar cerca de 73 mil empregos diretos e indiretos.

As propostas recebidas nesta segunda-feira deverão ser analisadas até quarta-feira (28/8). Caso o leilão aconteça na quinta-feira (29/8), a empresa vencedora deverá cumprir os trâmites burocráticos previstos no cronograma até o dia 28 de novembro, quando será assinado o contrato que formaliza a concessão.



emprestimo do inss

empréstimo para consignados

simular um empréstimo consignado

simular empréstimo picpay

simular emprestimo picpay

como fazer emprestimo no picpay

emprestimo consignado no inss

blue emprestimo

simulação empréstimo picpay

emprestimo consignado simulação

inss empréstimos

De bedste smags oplevelse tilbud i middelfart.