FOLHAPRESS – O ex-governador do Ceará e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (21/8) que os atos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao utilizar a Justiça Eleitoral, por meio informal pedidos, para apoiar investigações criminais em curso contra apoiadores de Bolsonaro, geram nulidades nos processos.
“Desde 2019, Moraes decidiu transformar essa investigação em algo que não tem fim, a investigação do fim do mundo. “, disse Ciro, em referência ao início da investigação das fake news, aberta há cinco anos.
Os comentários foram feitos em um vídeo postado nas redes sociais para um programa online chamado Brasil revelado. Na legenda, ele diz que muitas pessoas perguntaram sua opinião a respeito das reportagens da Folha de S. Paulo que revelaram o caso e, por isso, ele fez a análise em pouco mais de seis minutos.
Segundo ele, os envolvidos nas investigações sobre fake news já deveriam ter sido indiciados, levados a julgamento, com as provas colhidas e direito à ampla defesa. Ciro Gomes lembrou a afirmação do próprio Moraes de que “seria esquizofrênico” o ministro, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral, se oficiar.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
“Está tudo se perdendo. Já se passaram quase seis anos. Enquanto isso, no rodízio natural, o ministro ficou com duas cadeiras. Agora, não importa que ele considere isso esquizofrênico, porque anos vão passar de agora até o julgamento e esses gabinetes são o que eles vão lembrar do processo”, afirmou.
Nesse cenário, segundo o Pedestre, há um enfraquecimento da autoridade diante da opinião pública. “Como é ele quem está sendo atacado, aparentemente está perdendo a isenção e o distanciamento”, disse.
No início do vídeo, ao explicar o caso, Ciro diz que Moraes acumula funções e poderes e faz uma analogia com o futebol: “Ele bate na lateral, faz o gol de cabeça, como juiz, ele valida, até embora haja denúncia de impedimento, e ele mesmo faça a perícia do VAR em movimento”.
Por fim, o ex-candidato presidencial defende que a investigação das fake news precisa ser encerrada para que “as coisas voltem ao normal”.
O Folha de S.Paulo teve acesso a mais de 6 gigabytes de diálogos e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, incluindo seu principal assessor no STF, que até hoje ocupa o cargo de juiz instrutor (uma espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e demais integrantes de sua equipe no TSE e no Supremo Tribunal Federal.
As ordens solicitadas pelo ministro e seus assessores ao ex-chefe do órgão de desinformação da Justiça Eleitoral foram dadas de forma informal.
Os assessores de Moraes, segundo as mensagens, sabiam do risco dessa informalidade. Um deles, o desembargador Airton Vieira, demonstrou essa preocupação em áudios. “Formalmente, se alguém questionasse, seria muito flagrante, por assim dizer. Como ordena um juiz instrutor do STF [um pedido] para alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda relatório, entendeu? Seria chato.”
No início da semana, Moraes abriu um novo inquérito, desta vez para apurar o caso de mensagens entre assessores de seu gabinete no tribunal e ex-assessores do TSE. O motivo da abertura e os crimes investigados são mantidos em sigilo.
Como parte da investigação, a Polícia Federal convocou Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED (assessoria especial de combate à desinformação) do TSE, para prestar depoimento nesta quinta-feira (22) em São Paulo. A esposa de Tagliaferro também foi convocada para prestar depoimento.
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos