Candidatos registram Instagram, Facebook e até Tinder no TSE, mas maioria não declara rede

Candidatos registram Instagram, Facebook e até Tinder no TSE, mas maioria não declara rede



FOLHAPRESS – Nas eleições de 2024, o Instagram ultrapassou o Facebook e se tornou a rede social mais declarada entre os candidatos a prefeito e vereador no Brasil, no cadastro de candidaturas. A maioria dos requerimentos (59,3%), porém, não informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nenhuma rede, apesar de ser obrigatória.

Entre as redes reportadas, o Instagram lidera, representando 49,1% do montante ante 41,7% dos perfis no Facebook —em 2020, as duas plataformas também ficaram à frente, mas em posição oposta. O TikTok corresponde a 3,3% das redes reportadas e o YouTube, 1,2%. Pelo menos quatro concorrentes declararam presença no aplicativo de namoro Tinder.

A informação é de pesquisa realizada pela FGV Comunicação Rio. A análise leva em conta dados coletados em 19 de agosto — após o prazo para registro de candidaturas, que terminou em 15 de agosto.

Este ano, está em vigor uma nova norma, aprovada pelo TSE, e cuja aplicação está vinculada aos perfis reportados pelos candidatos à Justiça. Isso porque, segundo essa regra, as plataformas que utilizam sistemas de recomendação para seus usuários devem excluir as contas dos candidatos desse tipo de sugestão feita pelos algoritmos.

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Com isso, é possível que candidatos que não informaram as redes, mas possuem perfis nas plataformas, acabem não sendo incluídos nos filtros das empresas, gerando diferenciação. Questionado por Folha sobre os números identificados na pesquisa e sobre se há fiscalização do tribunal, o TSE não respondeu.

De acordo com a lei eleitoral, os candidatos são obrigados a informar os seus sites e redes sociais. A resolução diz que a obrigação inclui “canais de acesso público em aplicativos de mensagens, fóruns online e plataformas digitais”.

Ao julgar recurso referente às eleições de 2020, de um vereador que havia veiculado propaganda eleitoral em perfis que não havia comunicado anteriormente à Justiça Eleitoral, o plenário do TSE entendeu por unanimidade que cabia multa —aplicada no valor de R$ 5 mil.

Os ministros argumentaram que a norma visa proporcionar maior efetividade no controle de possíveis irregularidades ocorridas no ambiente virtual.

A norma prevê que, nos casos em que os candidatos já possuíssem redes, elas deverão ser informadas na documentação relativa ao registro da candidatura. Ou, em até 24 horas, se criado durante a campanha eleitoral.

A pesquisa da FGV mostra que, apesar do alto índice de candidatos que não declararam nenhuma rede social, há um aumento na proporção de candidatos que cadastraram suas redes em relação a 2020. Na última eleição para prefeitos, 66,2% dos candidatos não informaram . Agora, o número caiu para 59,3%.

Para Victor Piaia, um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa, os números gerais da pesquisa mostram que a digitalização das campanhas é “um movimento que se intensificou”. No entanto, salienta que o país tem mais de 5.500 municípios, sendo algumas candidaturas pequenas e locais, o que pode ajudar a explicar a baixa declaração.

Em relação ao Instagram, houve um aumento de 116% nas declarações dos candidatos quanto ao uso da plataforma em comparação com uma queda de 24% no Facebook.

“Com poucos recursos, os candidatos conseguem se comunicar e utilizá-lo como ferramenta de comunicação estratégica”, afirma Piaia, que cita que o TikTok teve um aumento muito mais significativo que o YouTube.

“O TikTok vem ganhando alcance além do uso social e aponta uma tendência para um eventual uso estratégico de campanhas.”

Enquanto a declaração de perfil na plataforma chinesa passou de 365 candidatos em 2020 para 11,3 mil este ano, a plataforma de vídeos do Google foi informada por 3,9 mil candidatos, ante 3,5 mil canais em 2020.

Este ano, as plataformas Meta serão as únicas que oferecem a possibilidade de promoção paga de aplicativos. Isso porque, no final de fevereiro, o TSE aprovou novas regras sobre bibliotecas de transparência para empresas e, diante do novo cenário, o Google deixou de oferecer a possibilidade de publicidade política para este ano. O TikTok já vetou esse tipo de patrocínio.

Com isso, embora as empresas Meta já sejam predominantes em 2020, a restrição da publicidade paga em outras plataformas pode ter impactado as estratégias de campanha.

A baixa presença do YouTube entre os candidatos vai na contramão do uso da plataforma pela população brasileira. Hoje, o site tem 140 milhões de usuários no país e é acessado por 45% da população. “Um canal exige um certo investimento, uma série de práticas e rotina. Ao pensar em campanhas, provavelmente investem mais no Instagram pela possibilidade de ter recursos diferentes em uma única rede”, analisa Piaia.

Além disso, há uma queda significativa (29,4%) nos cadastros de políticos no X (antigo Twitter). Em 2024, são 2,9 mil cadastros de perfis na plataforma. A pesquisa aponta que apesar de X ser uma rede social utilizada no debate político, as postagens tendem a ter um caráter mais nacionalizado, o que pode demonstrar que não se trata de uma plataforma estratégica para candidatos municipais.

O rede está suspensa no Brasil desde o dia 30 por decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O WhatsApp, por sua vez, foi informado por apenas 2,4 mil candidatos, o que, como destaca a própria pesquisa, não significa que o aplicativo não esteja sendo utilizado extraoficialmente por campanhas.

Um ponto que sustenta a tese da plataformização das campanhas eleitorais é a queda nas inscrições de outros canais (como sites e e-mails). Em 2020, representavam 8% dos candidatos, e o número caiu para 1,4%.



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