Câmara vai analisar o fim gradual da desoneração da folha de pagamento – Notícias

Câmara vai analisar o fim gradual da desoneração da folha de pagamento – Notícias


28/08/2024 – 10:46

Bruno Cecim/Agência Pará

O setor dos transportes públicos rodoviários é um dos beneficiários

O Projeto de Lei 1.847/24 cria, a partir de 2025, regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e municípios com até 156.216 habitantes. O texto também mantém a isenção para empresas e municípios em 2024. Já aprovado no Senado, o projeto já está em análise na Câmara dos Deputados.

A proposta resulta de acordo firmado entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional sobre a Lei 14.784/23que estendeu a isenção até o final de 2027.

A lei gerou um conflito entre o governo, que alegou perda de arrecadação devido à isenção, e os parlamentares, que defenderam a medida como benéfica para a geração de empregos. O acordo, mediado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), buscou reduzir o impacto da desoneração da folha de pagamento na arrecadação tributária.

Transição
O projeto aprovado pelo Senado, substituir elaborado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), contém as bases deste acordo. De acordo com a proposta, a tributação das sociedades será a seguinte:

  • 2024: manutenção da isenção;
  • 2025: empresas pagarão 80% da alíquota sobre a receita bruta e 25% da alíquota sobre a folha de pagamento;
  • 2026; as empresas pagarão 60% da alíquota do imposto sobre a receita bruta e 50% da alíquota do imposto sobre a folha de pagamento;
  • 2027: empresas pagarão 40% da alíquota sobre a receita bruta e 75% da alíquota sobre a folha de pagamento;
  • 2028: as empresas retomarão integralmente o pagamento do imposto sobre a folha de pagamento.

Durante a transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará isenta integralmente.

O texto prevê ainda que as empresas que optarem pelo benefício de isenção deverão manter em seu quadro um número médio de empregados igual ou superior a 75% do registrado no ano anterior. Esse ponto, uma espécie de compensação pela isenção, será regulamentado pelo governo.

Em relação aos municípios de pequeno porte, o projeto do Senado também estabelece a retomada escalonada das contribuições previdenciárias. Até o final deste ano, serão 8% da folha salarial municipal, conforme aprovado pelo Congresso. No próximo ano, o percentual será de 12%. Em 2026 será de 16%, chegando a 20% em 2027, no final do período de transição.

Compensação
O texto do Senado contém medidas para compensar a perda de arrecadação da União em razão da isenção tributária. Segundo o Ministério da Fazenda, o impacto da isenção nos 17 setores da economia e nos pequenos municípios será de R$ 18 bilhões em 2024.

Entre as soluções propostas estão a captura de depósitos esquecidos em contas judiciais há mais de cinco anos, a abertura de um novo período para repatriação de recursos ao exterior com taxas mais baixas e um programa de descontos para empresas com multas vencidas de agências reguladoras (“Desenrola Agências Reguladores ”).

O acordo firmado entre governo e Congresso prevê ainda a redução gradual do adicional de 1% da alíquota Cofins-Importação (manutenção em 2024, adicional de 0,8% em 2025, 0,6% em 2026 e 0,4% em 2027), estabelecido no ano passado .

O governo elevou a alíquota sob o argumento de manter um equilíbrio competitivo entre produtos importados e nacionais, o que seria comprometido pela desoneração tributária às empresas brasileiras, colocando o Brasil na mira de sanções da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Disputa
A política de isenção fiscal foi criada em 2011 como forma de cobrar menos impostos a empresas de setores específicos. Em vez de pagar uma contribuição previdenciária de 20% para os empregados com carteira assinada, as empresas beneficiadas podem optar pelo pagamento de contribuições sociais sobre a receita bruta, com alíquotas de 1% a 4,5%.

No ano passado, o Congresso aprovou a manutenção da desoneração da folha de pagamento até 2027, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a proposta. Posteriormente, o Congresso derrubou o veto e o governo recorreu ao STF, que deu prazo até 11 de setembro para que os poderes Legislativo e Executivo buscassem um acordo.

Próximas etapas
O projeto ainda não possui um processo definido. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), apresentou pedido para que a desoneração da folha de pagamento seja analisada diretamente pelo Plenário. O Relatório – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon



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