12/08/2024 – 20h16
• Atualizado em 12/08/2024 – 20h30
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Mauro Benevides, relator da proposta no grupo de trabalho
A Câmara dos Deputados aprovou o regime de emergência do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, segundo texto de regulamentação da reforma tributária, contendo detalhes sobre a gestão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS), seu comitê gestor, a repartição de receitas do novo imposto, além de regulamentar o imposto incidente sobre doações e causas de morte e a contribuição para iluminação pública. A proposta começa a ser discutida pelo Plenário na sessão desta terça-feira (13).
O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24), que regulamenta o IBS e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), foi aprovado pela Câmara em julho e aguarda análise do Senado.
Criado para substituir o ICMS (estado) e o ISS (municipal), o IBS será administrado pelo Comitê Gestor do IBS (CG-IBS), que reunirá representantes de todos os entes federados para coordenar a arrecadação, fiscalização, arrecadação e distribuição desse imposto aos entes federados, desenvolver a metodologia e o cálculo da alíquota do imposto; entre outras atribuições.
De acordo com o texto, o CG-IBS será uma entidade pública em regime especial, com independência orçamental, técnica e financeira, sem ligação a qualquer outro órgão público.
Embora a coordenação seja de responsabilidade do comitê gestor, a efetiva fiscalização, lançamento, cobrança e registro da dívida ativa do IBS continuará a ser realizada pelos estados, Distrito Federal e municípios.
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Reginaldo Lopes destacou a inclusão no comitê gestor de todos os envolvidos no sistema tributário, inclusive os contribuintes
Contribuintes e mulheres
O deputado Mauro Benevides (PDT-CE), relator do grupo de trabalho que analisou a proposta, destacou a participação dos contribuintes e a reserva de vagas para mulheres no relatório que apresentou ao PLP 108/2024. Segundo Benevides, pelo menos 30% das nove diretorias do comitê devem ser ocupadas por mulheres.
O relator afirmou que diversos deputados pediram que os contribuintes fossem representados na comissão para decidir também sobre autos de infração. “Acabamos com a preocupação dos empresários de que haveria fiscais de manhã, de tarde e de noite. Existe um conselho fiscalizador e a coordenação é quem vai autorizar o procedimento. o município e a prefeitura não chegarão. Caso seja encontrada documentação que exija maior fiscalização, a entidade será obrigada a compartilhar a descoberta com as outras duas entidades”, explicou.
O PL votou contra a urgência do projeto. “Essa reforma tributária vai acabar de uma vez por todas com o nosso país. Temos um dos impostos mais altos do mundo. O PLP tem mais de 150 páginas e ainda não tivemos acesso ao conteúdo”, afirmou o deputado Coronel Fernanda (PL-MT).
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) lembrou que a reforma tributária foi discutida no Congresso há quase 40 anos. “O relator, Mauro Benevides, apresenta uma solução extraordinária, incluindo todos os envolvidos no sistema tributário, inclusive os contribuintes. A sociedade pode ter certeza que será votado o melhor projeto regulatório no Comitê Gestor”, elogiou.
Aumento de impostos
Também contrariando a urgência, a deputada Adriana Ventura manifestou preocupação com os prazos de compensação que podem prejudicar os contribuintes. “Há uma grande discussão sobre a inclusão das pensões privadas, que penaliza quem poupa”, alertou. “Há preocupação com aumentos de impostos.”
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), destacou o fim da guerra fiscal com a participação dos entes federados no comitê gestor. “Os estados patrocinaram uma guerra que só prejudicou o país. Foi a forma encontrada pelos governadores para atrair investimentos. Agora o imposto não será mais cobrado na origem, mas no destino. Esse Comitê Gestor vai unificar tudo, vai fazer gestão compartilhada Esse assunto merece aprovação unânime e terá grande impacto no crescimento da economia brasileira”, declarou.
Reportagem – Eduardo Piovesan e Francisco Brandão
Edição – Georgia Moraes
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