Câmara aprova proposta de Lira que prevê suspensão de deputados por briga

Câmara aprova proposta de Lira que prevê suspensão de deputados por briga



FOLHAPRESS – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6/12) proposta de resolução que altera o Regimento Interno da Câmara e permite a suspensão cautelar do mandato parlamentar de deputado por até seis meses que esteja sujeito à devida representação à quebra do decoro.

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Foram 400 votos a favor e 29 contra, além de uma abstenção. Imediatamente após a votação, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) promulgou a medida.

O texto aprovado sofreu alterações e foi desidratado pelo relator, deputado Domingo Neto (PSD-CE), após reação negativa dos parlamentares ao seu conteúdo. Além da resistência em aprovar um texto que altere o Regimento Interno da Câmara, a proposta trata das chamadas “prerrogativas dos parlamentares” – bandeira defendida pelos deputados.

O assunto foi apresentado por Lira aos líderes da Câmara em reunião semanal na terça-feira (6/11), em resposta aos tumultos entre parlamentares na semana passada.

Na quarta-feira (5/6), houve um embate físico ao final da sessão do Conselho de Ética que libertou André Janones (Avante-MG) da suspeita de “rachadinha”. No mesmo dia, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), 89, adoeceu e precisou ser internada após discutir um projeto de lei na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Inicialmente, a proposta previa que caberia ao Conselho de Administração (composto por sete deputados) determinar a suspensão cautelar do mandato parlamentar, o que foi criticado. Sob reserva, os deputados disseram que isso daria poder excessivo a Lira. O presidente da Câmara rebateu as denúncias dizendo que não tomaria decisões sozinho e que “não haverá qualquer tipo de perseguição”.

Diante da possibilidade de derrota do texto, os deputados só votaram o pedido de urgência da proposta na terça, deixando o mérito para análise nesta quarta. Após nova reunião entre dirigentes e Lira pela manhã, foram acertadas alterações no texto.

No final da reunião, Domingos Neto, que dirige a Corregedoria Parlamentar da Câmara, afirmou que todos os partidos – da direita à esquerda – concordaram que algo precisava ser feito imediatamente para coibir este tipo de comportamento.

“Todos concordam que algo precisa ser feito e imediatamente, tendo em vista que os instrumentos hoje do Regimento Interno e do Código de Ética não têm sido suficientes para estancar esses inúmeros desrespeitos à sociedade que têm ocorrido aqui na Câmara”, disse o deputado.

Projeto

O projeto não detalha o que pode ser considerado motivo para suspensão cautelar. Segundo o relator, não há esse detalhamento porque a proposta não altera o que já consta no Código de Ética da Casa.

“Agressão verbal, agressão física, desrespeito à autoridade, essas questões não estão detalhadas no projeto porque não estamos alterando o Código de Ética. Isso é algo que já existe e essa dosimetria já foi feita há muitos anos. Está tentando criar um rito que seja mais rápido de aplicar”, disse ele.

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Suspensão

Agora, segundo a matéria aprovada, a suspensão cautelar do mandato parlamentar será determinada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar – e não mais pela Diretoria. Essa suspensão é por até seis meses, conforme previsto no Código de Ética da Casa.

O Conselho de Ética é o órgão responsável pela aplicação de penalidades nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar no âmbito da Câmara. É composto por 21 membros titulares (e 21 suplentes), com mandato de dois anos, não podendo ser substituídos. Hoje, é presidido pelo deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

Caberá à Direcção “propor a suspensão do exercício do mandato” pelo período de seis meses do deputado que for sujeito a representação por quebra de decoro por parte da Direcção. O texto diz que “tratando-se de assunto urgente”, o presidente ou quem estiver exercendo a função poderá decidir sobre esse “ad referendum” (ou seja, de forma isolada, sem necessidade de apreciação da Mesa).

A Diretoria terá o prazo de cinco dias úteis, contados do conhecimento do fato que deu origem à representação, para oferecer a proposta de suspensão cautelar. Será imediatamente comunicado ao Conselho de Ética, que votará no prazo de três dias úteis, com prioridade sobre as demais deliberações.

Pela proposta, da decisão do Conselho de Ética caberá recurso para o plenário, sendo necessária maioria absoluta de votos (257 votos dos 513 deputados) para que a suspensão do mandato seja aprovada ou mantida. Este recurso deverá ser apreciado na sessão imediatamente subsequente. O representante representado ou a própria Diretoria poderão recorrer caso a decisão seja de não suspensão.

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Caso não haja decisão do Conselho de Ética no prazo determinado, esta proposta de suspensão cautelar será encaminhada pela Mesa Diretora ao plenário da Câmara, que deliberará sobre o tema na sessão imediatamente subsequente. Novamente, será necessária maioria absoluta para que a suspensão do mandato seja aprovada.

A proposta aprovada determina ainda que os presidentes das comissões temáticas da Câmara e do Conselho de Ética terão “as mesmas prerrogativas quanto à manutenção da ordem” conferidas ao presidente da Câmara nos plenários.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que hoje existe um “ambiente insalubre” na Câmara, mas disse que mudar o Regimento Interno da Casa “não é trivial” e que isso precisava ser amadurecido pelos deputados, sem que fosse votado com urgência -e, portanto, sem passar pela análise da comissão.

“Pedimos mais debate, um pouco mais de debate para amadurecer e olhar para os detalhes seria importante. O afogamento pode dar origem a injustiças e procedimentos tendenciosos do ponto de vista da perseguição política”, afirmou.

O deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) criticou a proposta e disse que não cabe ao Conselho de Ética deliberar sobre o mandato de um parlamentar. “Minha preocupação diz respeito à legitimidade do mandato eletivo, conferido pelo voto popular. Para mim, só o plenário pode suspender ou retirar o mandato popular de cada deputado. Nunca uma instância como a Diretoria e o Conselho de Ética”, afirmou. .

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), afirmou que a proposta reflete um esforço para criar um “espírito de civilidade” no parlamento. Disse ainda que é preciso retomar relações democráticas e respeitáveis ​​na Câmara.



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