11/12/2024 – 19h34
• Atualizado em 11/12/2024 – 19h40
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Julio Cesar Ribeiro, relator do texto
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) um projeto de lei que considera seis subsistemas desportivos privados como parte do Sistema Nacional Desportivo (Sinesp), em razão de vetos à Lei Geral do Desporto (Lei 14.597/24).
O Projeto de Lei 1.205/24 do Senado recebeu parecer favorável dos deputados Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) e Douglas Viegas (União-SP). O texto segue para sanção presidencial.
A intenção é obrigar mais uma vez as organizações a cumprirem obrigações mínimas que condicionam o recebimento de transferências de recursos públicos, como viabilidade financeira e autonomia, e transparência na gestão.
Essas organizações, pela nova lei, ficariam dispensadas do cumprimento das exigências devido ao veto parcial. Ao mesmo tempo, o texto revoga dispositivos semelhantes da Lei Pelé (Lei 9.615/98).
Assim, passarão a fazer parte do Sinesp:
– o Comitê Olímpico Brasileiro (COB);
– Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB);
– Comitê Brasileiro de Clubes (CBC);
– Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP);
– a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE); e
– Confederação Brasileira de Desportos Universitários (CBDU).
ONGs
Além disso, o texto especifica que também fazem parte do Sinesp outros subsistemas compostos por membros de outros movimentos ou esportes não representados por essas organizações, incluindo o subsistema formado por organizações sociais sem fins lucrativos que atuam no treinamento esportivo e no esporte vitalício.
Debate em Plenário
O relator da proposta, deputado Julio Cesar Ribeiro, reforçou a importância do texto que obriga os subsistemas incorporados ao Sinesp a cumprirem regras de governança e submeterem-se à fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU).
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) destacou que a proposta revoga requisitos da Lei Pelé que condicionam as transferências públicas às regularidades tributárias e trabalhistas, garantindo a representação dos atletas nas decisões das entidades, entre outros pontos. “Prevalece o maior benefício de incorporar mais entidades e incluir o esporte escolar e universitário na Lei Geral do Desporto, daí o nosso voto sim, crítico”.
Para a deputada Dandara (PT-MG), a incorporação das entidades proporcionará mais transparência e as fortalecerá.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou que o texto ajuda as entidades esportivas a terem mais autonomia para planejar suas atividades. “Temos preocupações como risco de abuso, lacunas regulatórias, mas no geral é positivo”, disse ele.
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Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli
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