12/05/2024 – 21h36
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Laura Carneiro, relatora do projeto
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (5) um projeto de lei que especifica medidas necessárias para preservar a integridade física e psicológica das vítimas de crimes contra a dignidade sexual durante audiências de instrução e julgamento. O texto será enviado ao Senado.
De autoria da deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), o Projeto de Lei 1.065/24 altera o Código de Processo Penal e a Lei dos Juizados Especiais.
Embora o código já preveja que todos os envolvidos e demais pessoas presentes no evento devem zelar pela integridade física e psicológica da vítima, o texto aprovado na forma de parecer da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), lista procedimentos mínimos para garantir isso.
Portanto, durante a audiência, mesmo no juizado especial (casos com menor potencial ofensivo), deve ser utilizada uma estrutura para movimentar e colher depoimentos da vítima preservando o sigilo de sua identidade, incluindo mecanismos de distorção de voz e imagem.
Além disso, a confidencialidade automática dos seus dados pessoais e da sua declaração deverá ser declarada para garantir a preservação da sua identidade. Será proibido pronunciar seu nome ou mencioná-lo durante a audiência ou em outros procedimentos públicos, inclusive por parte de testemunhas, arguidos, júri, mecenas e membros do Ministério Público.
Também deve ser fornecida uma estrutura para separar as testemunhas e o acusado durante os depoimentos.
Falta de apoio
Maria Arraes destacou que o projeto busca diminuir os obstáculos para que a vítima faça denúncia e dê continuidade ao processo. “Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, entre os principais motivos para optar por não denunciar crimes contra a dignidade sexual, estão a falta de apoio, a vergonha e o medo de ser maltratado ou marginalizado socialmente”, disse.
Para a deputada Laura Carneiro, a violência sexual contra a mulher está frequentemente associada à depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor. “Há muita impunidade para o agressor. Segundo dados divulgados pelo Ipea, dos 822 mil casos de estupro estimados no Brasil por ano, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistema de saúde”, lembrou.
Saiba mais sobre o processamento de faturas
Relatório – Eduardo Piovesan
Montagem – Pierre Triboli
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