Bolsonaro mantém esperança de disputar em 2026: ‘morri? Fui enterrado?’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou mais uma vez ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico. O político esteve em Belo Horizonte nesta quinta-feira (9/5) para manifestar apoio a candidatos em cidades mineiras, principalmente ao seu apoiador Bruno Engler, que disputa a prefeitura da capital.

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Ao ser questionado se o Partido Liberal já havia escolhido um substituto para as eleições de 2026, Bolsonaro respondeu: “Morri?! Fui enterrado?! traficantes, como Lula, se encontraram no Rio de Janeiro, no Morro do Alemão”, disse.

A reunião de Bolsonaro com representantes de governos estrangeiros, realizada no Palácio da Alvorada, na qual atacou as urnas eletrônicas e questionou a lisura do processo eleitoral brasileiro, sem apresentar provas, foi transmitida por uma emissora estatal, em 18 de julho de 2022.

A reunião foi considerada pelo TSE como abusiva, pois é proibida a utilização de prédios públicos ou meios de comunicação para divulgação de material que possa ser visto como campanha eleitoral.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Complexo do Alemão nos dias que antecederam o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Lá, recebeu de presente um boné com a sigla “CPX”, que apoiadores de Bolsonaro interpretaram como “cupincha” e afirmaram ser um presente de pessoas ligadas a facções criminosas.

Porém, o responsável pela entrega do item ao presidente negou a relação com o crime organizado e esclareceu que “CPX” é a abreviatura de “complexo”. A mesma sigla é utilizada pela Polícia Militar do Rio.

“Não me inelegiram porque encontraram dinheiro na minha cueca, nas malas, não vi nenhum desvio em nenhuma estatal”, disse Bolsonaro.

Curiosamente, em outubro de 2020, o então vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, senador Chico Rodrigues (na época União Brasil-RR), foi preso pela Polícia Federal, durante uma operação de busca e apreensão, com dinheiro entre seus nádegas.

Na época, o senador empregava em seu gabinete o sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio, que recebia salário de R$ 23 mil. O integrante do clã Bolsonaro pediu demissão após o caso. Rapidamente foi nomeado auxiliar administrativo da liderança do partido no Senado, mas também teve pouco tempo no cargo, após ser demitido por denúncias de que era funcionário fantasma.

Em Belo Horizonte, o ex-presidente afirmou mais uma vez que a decisão do TSE é uma perseguição pessoal ao ministro Alexandre de Moraes. “O que ganhei com o encontro com embaixadores? Inelegível por isso? É pessoal do senhor Alexandre de Moraes”, comentou.