Barroso reage à ofensiva do Congresso: ‘Não se mexe em instituições’

Barroso reage à ofensiva do Congresso: ‘Não se mexe em instituições’



Um dia depois de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar propostas que limitam a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, fez um discurso incisivo a favor da instituição. O juiz aproveitou o início da sessão desta quinta para mandar um recado ao Congresso.

“No mundo plural não há unanimidade. Contudo, não há mudança nas instituições que estão a funcionar e a cumprir bem a sua missão devido às injunções dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais”, enfatizou. “As constituições existem justamente para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento”.

Barroso não citou nominalmente nenhuma das casas legislativas, mas deixou claro o quanto ele e seus pares estão incomodados com a ofensiva do Congresso — avaliada como retaliação pela paralisação do repasse de emendas parlamentares, determinada pelo ministro Flávio Dino, em razão de a falta de transparência.

O juiz fez um breve histórico da atuação do STF desde a sua fundação. Ressaltou que o Tribunal está cumprindo o seu papel e não há motivos para mudanças na forma como funciona. “Como toda instituição humana, o Supremo Tribunal Federal está sujeito a erros e sujeito a críticas e medidas de melhoria”, afirmou.

“No entanto, se o objectivo de uma Constituição é garantir o governo da maioria, o Estado de direito e os direitos fundamentais, e se o seu guardião é o Supremo Tribunal, chega-se à reconfortante conclusão de que o tribunal cumpriu o seu papel e serviu bem ao país. nestes 36 anos de vigência da Carta de 1988″, declarou.

O ministro Gilmar Mendes fez declarações no mesmo sentido. Ele deixou claro que as propostas discutidas no Congresso não têm respaldo na Constituição. Ele alertou que é preciso “muito cuidado”. “Não passa em nenhum escrutínio de um modelo de Estado de direito constitucional”, sublinhou o Decano do Tribunal.

Uma das PEC aprovadas pela CCJ, 8/2021, limita decisões monocráticas, ou seja, decisões tomadas por apenas um ministro. O texto recebeu aprovação do Senado em novembro do ano passado. A PEC 28/2024 permite que o Congresso suspenda determinações do ST caso considere que o Tribunal ultrapassou o exercício adequado de sua função. Ambas as propostas terão que passar por uma comissão especial antes de irem ao plenário.

Por sua vez, os projetos de lei 4.754/2016 e 658/2022 aumentam as possibilidades de impeachment de ministros do STF e estabelecem que o Senado deverá apreciar a denúncia no prazo de 15 dias úteis, contados da data de apresentação do pedido de impeachment. Os textos irão ao plenário.

Inconstitucional

No Congresso, os parlamentares criticaram os textos. Para o deputado Chico Alencar (PSol-RJ), as aprovações foram motivadas por “retaliação ao STF, vingança”. “Na verdade, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara violou a Constituição. As matérias são inconstitucionais. Os Poderes harmoniosos e independentes da República devem auto-regular-se”, afirmou.

O deputado Patrus Ananias (PT-MG) classificou as aprovações como um retrocesso. “Foi uma sessão da CCJ com projetos única e exclusivamente contra o STF. Não é uma discussão sobre o Judiciário”, destacou.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) argumentou que o país vive uma “situação insustentável de ativismo judicial e insegurança jurídica”. “O Supremo Tribunal Federal, através de alguns ministros, usurpou a competência do Congresso, e o Congresso precisa defender a sua atribuição”, sustentou.





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