O mais recente relatório de desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirma que as mulheres negras constituem parcela significativa da população brasileira, totalizando cerca de 60 milhões de pessoas, o equivalente a 28,5% do total. Eles também representam 28,4% da força de trabalho e são responsáveis pela maioria das famílias do país.
Numa nação que valoriza a justiça social e a diversidade, seria razoável esperar que estas mulheres estivessem adequadamente representadas nos tribunais superiores. Contudo, as listas de nomeações para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), divulgados esta semana, revelam uma realidade alarmante: uma profunda disparidade de oportunidades, reflexo de uma exclusão social persistente.
As mulheres negras raramente aparecem nessas listas e, quando o fazem, representam uma exceção que apenas confirma a regra. As nomeações continuam a ser destinadas principalmente a homens brancos, e as poucas mulheres indicadas são invariavelmente brancas.
Esta incongruência levanta dúvidas sobre a legitimidade das decisões judiciais, que deveriam refletir a diversidade da sociedade. Em vez disso, perpetua-se um ciclo de exclusão que mantém o status quo, retardando a evolução do Judiciário em termos de representação e equidade.
A necessidade de mudança é premente. Esta não é apenas uma questão de justiça social, mas um requisito para a integridade e eficácia do sistema judicial. Com 31 membros, dos quais apenas cinco são mulheres e apenas dois são homens negros, o STJ precisa adotar uma postura ativa em favor da diversidade. Isto não só alinha o tribunal com os valores da sociedade que deve representar, mas também enriquece o seu funcionamento, incorporando novas perspetivas e experiências, fundamentais para uma jurisprudência mais justa e inclusiva.
É lamentável saber que ainda há escassez de candidatos negros qualificados, especialmente quando, nas raras ocasiões em que participam do processo seletivo, são frequentemente preteridos.
Perante esta realidade, surge a questão: quem tem o poder e a responsabilidade de quebrar estes padrões históricos de exclusão? A resposta exige um compromisso com a diversidade e a inclusão, através de políticas eficazes e ações afirmativas que garantam que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas nos espaços de poder.
Recentemente, o presidente Lula e o presidente do STJ, Herman Benjamimexpressaram publicamente o problema, mas não agiram de acordo com o seu próprio discurso quando tiveram outra oportunidade de reduzir esta vergonhosa desigualdade. Existe um nome para isso no vocabulário da língua portuguesa. Chame isso de demagogia.
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