Num mundo tecnologicamente conectado, ganhos de escala podem fazer a diferença entre um negócio bem-sucedido ou não. E, nesse sentido, a cúpula do G20, que termina nesta terça-feira, 19, no Rio de Janeiro, poderá ser um marco.
O grupo reúne presidentes das maiores economias do mundo. Representa, portanto, dois terços da população do planeta e cerca de 85% de tudo o que é produzido no mundo (PIB). Portanto, uma declaração no palco do G20 repercute em todo o mundo e, além disso, pode abrir caminho para alavancar recursos para projetos que impactem a vida de milhares de pessoas, além de evitar grandes tragédias e promover o desenvolvimento.
O encontro conta ainda com a participação de representantes de economias de fora do bloco, totalizando 55 delegações e 15 organizações internacionais, como bancos de desenvolvimento. E é daí que pode vir a diferença. Pela primeira vez, além da agenda econômica, que serviu de base para a criação do G20 no final dos anos 1990, o Brasil, que presidirá o grupo em 2024, estabeleceu três frentes com implicações sociais para ganhar espaço no debate com os presidentes: i) criação da Aliança Global contra a fome e a pobreza; ii) combater as alterações climáticas; e iii) reformas na governança de organizações internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas).
Houve uma longa discussão para que estes temas estivessem presentes na declaração dos chefes de Estado, cujo conteúdo foi divulgado esta segunda-feira — e, como era de esperar, com reservas do governo do argentino Javier Milei em alguns pontos.
“As reformas dos bancos multilaterais, se implementadas, poderão aumentar muito a quantidade de recursos para projetos de desenvolvimento”, afirma uma fonte governamental envolvida nos debates. Pelo menos oito instituições financeiras internacionais aderiram à Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, proposta brasileira que foi adotada por outros países. Na prática, isso pode potencializar a aplicação de recursos à causa, fazendo com que dinheiro que estaria diluído em diversas frentes seja concentrado, dando escala aos projetos.
O mesmo se aplica aos investimentos em infra-estruturas, à transição energética e à prevenção de fenómenos climáticos, que causaram recentemente enormes tragédias em todo o mundo. No Brasil, o Rio Grande do Sul, parcialmente destruído pelas enchentes do início do ano, mostrou ao mundo o impacto da falta de políticas e de investimentos em projetos de infraestrutura.
“Com o consenso dentro do G20 sobre estas questões, as hipóteses de avançarem são maiores porque o grupo tem muito peso a nível internacional”, afirma o interlocutor oficial, destacando que o G20, como fórum de cooperação económica internacional, tem um importante papel na orientação de governos e organizações multilaterais.
Ao contrário de entidades como a ONU, o G20 não possui um estatuto que imponha regras operacionais fixas. É muito mais um espaço de articulação internacional. Mas o fato de um assunto alcançar consenso dentro do grupo e aparecer em documentos oficiais facilita discussões em outras esferas. É o caso da Convenção-Quadro da ONU, um tratado para questões ambientais e de desenvolvimento. “Se houver acordo no G20, outros debates avançarão mais rapidamente”, afirma o interlocutor governamental.
Entre o esforço diplomático que envolve o G20 e o efeito na vida real existe uma certa distância. As ações discutidas, assim como os compromissos, são sempre de médio e longo prazo, porém, se implementadas, têm capacidade de impactar positivamente a vida das pessoas. Os desenvolvimentos dependerão do empenho de todos os participantes, mas os negociadores brasileiros alertam que com a inclusão das questões sociais na agenda do bloco, será mais difícil recuar nas próximas reuniões porque haverá pressão a seu favor.
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos