A esmagadora maioria dos prefeitos eleitos em 1º turno em Minas Gerais são homens. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisados pelo Data Center do Estado de Minas91,96% dos municípios escolheram gestores homens para liderar o Executivo nos próximos quatro anos, contra 8,04% das prefeituras que serão lideradas por mulheres.
Nacionalmente, as mulheres representam 15,5% do total de candidatos eleitos à prefeitura.
Quando se considera cor e raça, os brancos são maioria e representam 65% dos prefeitos eleitos nos municípios mineiros. Em seguida, aparecem pessoas pardas com 31% de representatividade. Os negros representam 2,8% dos eleitos para chefiar prefeituras. Os dados são provenientes da autodeclaração dos próprios candidatos ao TSE.
Outra característica dos prefeitos eleitos é terem ensino superior completo. Mais de metade concluiu o ensino superior, enquanto um quarto concluiu apenas o ensino secundário e 7,2% concluíram os estudos no ensino básico. Também foram considerados o ensino superior incompleto e o ensino médio incompleto. Ainda segundo o TSE, cinco prefeitos eleitos apenas leem e escrevem.
Na última eleição municipal, em 2020, o percentual no estado de Minas Gerais foi semelhante: 7,2% das prefeituras eram ocupadas por mulheres, enquanto 92,7% dos eleitos eram homens. O número de brancos autodeclarados foi pouco mais de quatro pontos percentuais superior ao da atual eleição, chegando a 69%. Os pardos representavam 27%, e os negros, 2,4%.
Em relação ao nível de escolaridade, menos candidatos eleitos tinham ensino superior completo; 49% dos prefeitos declararam ter concluído o ensino superior, enquanto 25% concluíram o ensino médio e 9% concluíram o ensino fundamental. Na eleição anterior, seis candidatos eleitos apenas liam e escreviam.
Diversidade nas eleições
Desde as eleições de 2022, o TSE exige que a distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas seja proporcional ao número de candidatos negros de cada partido. Além disso, a mesma resolução do TSE criou uma regra que faz com que o voto em candidatos negros valha o dobro, em relação às demais raças, para dar conta da distribuição de verbas de financiamento de campanha.
O tempo de publicidade eleitoral gratuita no rádio e na TV também é proporcional ao número de candidatos negros, segundo o TSE. No entanto, os partidos podem reorganizar o tempo de exposição dos candidatos na mídia. Portanto, se em uma semana a transmissão não for proporcional, as associações deverão compensar esse desequilíbrio nas semanas subsequentes.
Quanto ao gênero, o TSE exige que cada gênero seja representado por no máximo 70% das candidaturas. Em maio deste ano, o tribunal aprovou a Súmula 73, que trata da caracterização de fraude de cotas de gênero. Casos comprovados de fraude poderão resultar na cassação do Demonstrador de Regularidade dos Atos Partidários (Drap) e dos diplomas dos eleitos.
‘Minas é um estado conservador’
A médica e pesquisadora de gênero Bruna Camilo afirma que garantir a diversidade nos cargos públicos é um desafio, principalmente em Minas Gerais. “É algo estabelecido, Minas Gerais é um estado conservador em relação aos costumes e à própria política. Não conseguimos superar o entendimento de que os homens estão mais preparados para cargos na política, estamos caminhando muito lentamente”, afirma.
Para Bruna Camilo, mulheres em papéis de destaque na política são essenciais para a promoção de políticas inclusivas para as minorias. “Pesquisas já mostram que as mulheres nas prefeituras e conselhos apoiam projetos mais diversificados, porque as mulheres são ensinadas a vida toda a ter uma perspectiva mais diversificada focada na economia do cuidado, nas creches, na educação, na saúde”, pontua.
“Não é que os homens sejam incapazes de ter uma perspetiva diversificada, mas continuam conservadores ao pensar mais nos números, ao não prestarem atenção à diversidade dos departamentos, por exemplo. Não há progresso sobre onde as mulheres estão inseridas. A maioria ocupa cargos em secretarias de assistência social”, afirma.
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Bruna destacou ainda que a presença majoritária de homens à frente dos municípios mineiros também representa um avanço no perfil político em nível estadual. “Isso se refletirá nas eleições de 2026 e não superaremos a sub-representação das mulheres em candidatos de alto escalão, como deputados e senadores. Atualmente, há apenas 18% de representação feminina na Câmara dos Deputados, e em Minas isso é pior”, afirma.
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