Anielle condena visita da família Brazão a vice do PT: “Inacreditável”

Francisco Artur de Lima – Correio Braziliense

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criticou o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, por ter recebido familiares de Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de mandar assassinar a vereadora e irmã de Anielle, Marielle Franco, e o motorista Anderson Torres . O líder do PT —partido do qual Anielle faz parte— também publicou imagens do encontro nas redes sociais e escreveu um texto em defesa dos irmãos Brazão.

“Li todo o processo e NÃO HÁ NENHUMA prova contra eles!”, afirmou trecho publicado pelo vice-presidente do PT. Poderia ficar calado e não me expor para defender alguém que já foi condenado pela mídia. Mas eu não posso fazer isso! Não sou um rato que se esconde no esgoto para fugir da luz. Tenho honra e não vou mudar a verdade por medo de danos à imagem”, escreveu Quaquá.

Confira a publicação:

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Anielle Franco fez uma publicação sobre o caso e disse que o texto em defesa dos irmãos Brazão desrespeitou a memória de Marielle Franco. “Inacreditável. Irei à comissão de ética do partido para tirar o nome da minha irmã da boca do dirigente que não sabe respeitá-la”, publicou o ministro.

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Irmãos Brazão

Investigações da Polícia Federal indicam que os irmãos ordenaram a morte de Marielle por causa de disputas territoriais na Zona Oeste do Rio. Chiquinho e Domingos estão presos preventivamente na penitenciária federal de Porto Velho.

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Segundo as investigações, o assassinato de Marielle estaria relacionado à oposição do parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que estão ligados a questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

A informação de que os irmãos Brazão ordenaram a morte de Marielle Franco consta da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso pela execução dos disparos contra o então vereador.

O Correspondência contatou a assessoria de comunicação do Partido dos Trabalhadores para refletir as posições do vice-presidente Whashington Quaquá e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Até a publicação desta reportagem, não houve respostas.