Ambientalistas e setor elétrico tentam superar divergências em torno da proposta de proteção dos rios – Notícias

Ambientalistas e setor elétrico tentam superar divergências em torno da proposta de proteção dos rios – Notícias


13/12/2024 – 09:42

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A proposta foi objeto de debate conjunto entre duas comissões

Reunidos em seminário promovido pelas comissões de Meio Ambiente, Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10), ambientalistas e representantes do setor elétrico debateram divergências em relação ao projeto que cria a Política Nacional de Proteção dos Rios (PL 2842/ 24).

Entre os itens mais polêmicos está a previsão de um regime especial de gestão, denominado Proteção Permanente do Rio, para trechos de cursos d’água, nascentes e várzeas, que podem incluir afluentes e lagos.

O relator da proposta na Comissão de Minas e Energia, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), recomendou a rejeição do projeto porque a proteção dos rios já está garantida em outras legislações. Além disso, argumentou que a proposta estabelece metas que impactam diversos setores públicos e a economia, sem fornecer instrumentos para implementação.

Na audiência, o assessor técnico da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) Paulo Magalhães Domingues fez outras críticas ao projeto.

“[O texto] Dificulta e até inviabiliza a implementação de novos projectos hidroeléctricos no país e altera as regras de funcionamento das centrais hidroeléctricas e das albufeiras existentes, colocando em risco o fornecimento de energia eléctrica no país”, alertou.

“Outra questão é a insegurança jurídica e o aumento dos custos socioambientais. Isso vai afetar a tarifa de energia elétrica”, afirmou.

Metas de transição
O Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMase) e a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) também participaram do seminário.

O setor avalia que o projeto desrespeita o Plano Energético Nacional e afeta as metas brasileiras de transição energética e redução de emissões de gases de efeito estufa.

“Se as hidrelétricas não forem a base do nosso sistema, serão termelétricas caríssimas, fósseis e poluentes. O Brasil não seria o protagonista que é se não fossem suas hidrelétricas”, como destacou a presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), Alessandra Torres.

Proteção do Rio
A Coalizão pelos Rios, a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) e o Movimento Tapajós foram alguns dos ambientalistas presentes no debate. Eles destacaram o foco da Política Nacional de Proteção dos Rios proposta em cobrir lacunas na Lei da Águado Política Nacional Ambiental e o Código Florestal.

O diretor internacional da ONG International Rivers Brasil, Flávio Montiel, deu o tom de urgência para a conservação e gestão eficaz dos rios, especialmente em tempos de mudanças climáticas.

“Os rios estão chegando a um ponto sem retorno, porque o fluxo hidrológico dos rios está diminuindo cada vez mais. E isto poderá comprometer a própria procura económica do país.”

Especializada em gestão de recursos hídricos, a diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, reforçou a relevância do projeto de lei, incluindo a criação do Sistema Nacional de Proteção Permanente dos Rios. Para ela, é preciso encontrar pontos de convergência para avançar.

“Face à crise climática que vivemos, não haverá água nem para o sector eléctrico nem para o abastecimento humano”, alerta. “Viemos aqui defender o zoneamento estratégico. Há regiões onde é importante ter reservatórios. Há regiões onde é muito importante não tê-los e onde a função ecossistêmica dos rios livres é extremamente necessária. isso no Comitê de Bacia”, ponderou.

Construção coletiva
A proposta de proteção dos rios surgiu da construção coletiva empreendida pelo coordenador do Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Nilto Tatto (PT-SP), que ainda espera reverter a tendência de rejeição do projeto pela Comissão de Minas e Energia.

Tatto espera que a audiência pública contribua para a revisão do relatório do deputado Joaquim Passarinho. “O projeto é um modelo inspirador de protagonismo ambiental, porque se baseia na legislação internacional de proteção dos rios, evidentemente adaptada ao contexto brasileiro, integrando desenvolvimento sustentável, justiça social e preservação ambiental”, avaliou.

A proposta também será analisada nas comissões de Meio Ambiente, Finanças e Tributação e Constituição e Justiça antes de chegar ao Plenário da Câmara.

Relatório – José Carlos Oliveira
Edição – Rachel Librelon



empréstimo auxílio brasil picpay

emprestimo consignado do inss

empréstimo consignado inss

emprestimo aposentados

simulação picpay

créditos consignados

empréstimos consignados do inss

emprestimo para inss

empréstimo do inss

那麼,僱主可否自行申請外傭,自行辦理 direct hire 的手續呢 ?. Free & easy backlink link building. Free ad network.