Além do gás, governo planeja programa para distrib…

O Gás para todosanunciado na semana passada pelo presidente Luladeve ganhar aumento nos próximos dias. O governo pretende lançar um programa específico para a população que ainda não tem geladeira e fogão em casa, conforme revelou a VEJA o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Paralelamente, estou lançando mais um programa de fornecimento de fogões e geladeiras. Será um investimento de cerca de 3 bilhões de reais a mais por ano”, disse o ministro às Páginas Amarelas.

A medida é uma forma de complementar o recém-lançado Gás para Todos, que substituirá o Auxílio Gás, um repasse bimestral de 102 reais, por meio da arrecadação direta de botijões nas distribuidoras. A ideia é aumentar o alcance de 5,6 milhões para 20 milhões de famílias.

O governo identificou que será necessário agregar geladeiras e fogões à doação de gás para famílias mais vulneráveis ​​que ainda não possuem equipamentos para manter e cozinhar os alimentos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, esse número é baixo: 98% da população tem os itens em casa.

Segundo Silveira, a fonte de renda será por meio de recursos dispersos no setor elétrico. “Ao renovar as distribuidoras, organizei recursos de eficiência energética para que pudéssemos fornecer fogões e geladeiras para quem não tem, através de recursos que estavam dispersos no setor elétrico em termos de eficiência energética”, disse.

Vitrine social

As medidas anunciadas pelo governo foram planejadas para representar o maior marco social do terceiro mandato do presidente Lula. Até agora, a principal novidade é o Pé de Meia, programa da Ministério da Educação que prevê repasse de 200 reais por mês para a poupança dos alunos do ensino médio.

O Gás para Todos foi pensado para um ano e enfrentou resistência da equipe econômica, liderada por Fernando Haddad, que luta para controlar os gastos e eliminar o déficit fiscal do país.

O ministro Alexandre Silveira afirma que Lula tem consciência de que é preciso manter o equilíbrio nas contas, mas destaca que o projeto que venceu as eleições tem como prioridade resgatar programas sociais e reestruturar políticas públicas.

“Para o mercado dizer que quem tem que decidir a política económica do país é o ministro das Finanças, lamento, está errado. Na minha opinião, o Ministro da Fazenda tem que ser o auxiliar do presidente na construção da política econômica do país”, afirmou Silveira.