‘Abin paralela’ de Bolsonaro atuou para ajudar Jair Renan, diz PF

‘Abin paralela’ de Bolsonaro atuou para ajudar Jair Renan, diz PF



FOLHAPRESS – Investigação da Polícia Federal indica que estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi usada clandestinamente para interferir em investigação sobre Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Trocas de mensagens obtidas pela PF mostram agentes da Abin discutindo o monitoramento de pessoas relacionadas a uma investigação que apurou supostas ações de Renan para favorecer empresários em discussões do governo federal.

Nos diálogos, o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet e o soldado Giancarlo Gomes, ambos lotados na agência de inteligência na época, citaram o acompanhamento de Allan Lucena, ex-companheiro de Renan, e do advogado Paulo Belmonte.

Bormevet e Giancarlo estão entre os alvos de mandados de prisão preventiva em operação da PF realizada nesta quinta-feira (7/11) na chamada “Abin paralela”.

Em trecho de conversa de março de 2021 destacada no boletim de ocorrência, Bormevet afirma que “seu endereço [Allan Lucena] É perto de casa, vou lá à noite.” Em resposta, Giancarlo diz: “Acho que podemos continuar monitorando para ver quando será o próximo evento e depois passaremos por aqui”.

A conversa também reforçou as suspeitas da PF sobre o uso ilegal do software espião FirstMile em ações de monitoramento. Isso porque Giancarlo afirma que a ferramenta era necessária para acompanhar Lucena. “Eu o monitoraria o dia todo e de preferência à noite, então saberíamos seus passos.”

Em outro diálogo destacado na reportagem, Bormevet pergunta a Giancarlo quais carros estão em nome de Renan e Ana Cristina Siqueira Valle, mãe do “filho 04” de Bolsonaro. Então Bormevet declara “mensagem de 01”.

Policia Federal

A PF não consegue afirmar que o agente se referia a Bolsonaro, que tem “01” como um de seus apelidos.

A defesa de Renan disse não ter nada a declarar sobre o relatório que aponta interferência da Abin na investigação.

A investigação sobre supostas ações do filho de Bolsonaro para favorecer empresários foi encerrada em 2022 pela Polícia Federal sem qualquer indiciamento.

Em fevereiro de 2024, Renan foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita dos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro.

No relatório, a PF afirma ainda que os agentes lotados na Abin também monitoravam o empresário Luis Felipe Belmonte.

O empresário estava na mira da investigação da PF contra Renan por ter financiado a reforma do escritório da empresa do filho do ex-presidente no período em que trabalhou junto ao Palácio do Planalto para legalizar a mineração em terras indígenas.

Num diálogo em setembro de 2020, Bormevet disse a Giancarlo que era preciso “encontrar sujeira” sobre Belmonte. “Eu já tenho materiais normais.”

Em seguida, Giancarlo afirmou: “Vamos sequestrar. Ou se acharmos podre, vamos extorquir (sic).”

Na seguinte mensagem gravada pela PF, Bomevet diz que o empresário está “ligado à política, aos precatórios e à mineração em Rondônia”. “Ele é a cara da Aliança em Brasília e no norte do país”, afirmou ainda, em referência à Aliança Pelo Brasil, partido que Bolsonaro tentou tirar do papel antes de ingressar no PL.

Um balde

Para a PF, os agentes lotados na Abin reuniram informações sobre os investigados na investigação que visou Renan “que no momento da investigação em si não estavam disponíveis”.

O uso clandestino da estrutura da Abin buscou “a produção de desinformação para fins pessoais, a fim de obter vantagens políticas e econômicas”, diz ainda a PF. “As vantagens políticas adviriam de ações clandestinas e também seriam possíveis por meio de interferências diretas e indiretas nas investigações que permeavam o nome do então presidente da república”, afirma o relatório.

O empresário Belmonte disse à Folha de S.Paulo que não percebeu o monitoramento clandestino na época. “Se eu estava sendo monitorado indevidamente, só tenho a lamentar, pois isso não corresponde ao Estado de direito”. Ele também negou ação no Planalto para regular a mineração em terras indígenas.

A PF lançou nesta quinta-feira (11) a quarta fase da operação que investiga a chamada “Abin paralela” e prendeu agentes que trabalhavam diretamente para Alexandre Ramagem, atual deputado federal, pré-candidato do PL a prefeito do Rio de Janeiro e vinculado ao vereador Carlos Bolsonaro (PL), que também é investigado.



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